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Presidente da CMVM e o modelo de supervisão: "Somos pela mudança"
Gabriela Figueiredo Dias concorda "com algumas das críticas" do Banco de Portugal às propostas de reforma do modelo de supervisão apresentadas por Carlos Tavares.
Gabriela Figueiredo Dias concorda "com algumas das críticas" do Banco de Portugal às propostas de reforma do modelo de supervisão apresentadas por Carlos Tavares, afirmou ao Negócios, adiantando que a posição da CMVM será tornada pública ainda esta semana. "Somos pela mudança", sublinhou.
A presidente da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) disse ao Negócios que a posição desta reguladora sobre a reforma do modelo de supervisão apresentada por Carlos Tavares, a pedido do Governo, "vai ser tornada pública nos próximos dias", provavelmente "ainda esta semana".
"Somos pela mudança", defendeu. "A proposta do grupo de trabalho é de saudar, porque lançou as bases para uma discussão séria e alargada sobre algo que estava, porventura, cristalizado", disse a presidente da CMVM ao Negócios, no Porto, no final da sua participação numa conferência promovida pelo Banco de Portugal e o Banco Europeu de Investimentos (BEI).
Precisamente sobre as críticas do Banco de Portugal ao documento de Carlos Tavares, a presidente da CMVM disse que concorda "com algumas", sem especificar, ainda que ressalvando que a entidade que lidera tem uma "perspectiva diferente da do Banco de Portugal".
O banco central português considera que é possível e desejável melhorar a coordenação entre os supervisores e que o Ministério das Finanças deve ter uma palavra a dizer nas resoluções, mas defende que a proposta apresentada por Carlos Tavares ignora os desenvolvimentos na arquitectura de supervisão europeia, e alguns pontos contradizem mesmo o enquadramento legal europeu, o que, no entende da instituição presidida por Carlos Costa, complicaria a supervisão nacional.
(notícia actualizada às 12:32 com mais informação)