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"Poderemos encontrar parcerias internacionais" para o Banco Montepio

Presidente da mutualista Montepio Geral admite reabrir o capital do banco, coloca de parte entrada de acionistas nacionais mas não aponta prazos para a operação.

Mariline Alves
Hugo Neutel hugoneutel@negocios.pt 01 de Junho de 2023 às 12:17
A mutualista Montepio planeia reabrir o capital do banco a parceiros internacionais. A possibilidade foi avançada pelo presidente da associação na apresentação dos resultados consolidados de 2022, ano em que melhorou os lucros para 90 milhões de euros.

Questionado sobre essa possibilidade, Virgílio Lima explica que para já está posta de parte uma repetição da operação concretizada em 2018. Nesse momento, verificou-se a entrada de dezenas de novos acionistas (todos eles entidades da economia social, mas com participações diminutas). A Santa Casa chegou a ser dada como um possível acionista do banco, com um peso relevante, mas no final acabou por tomar uma posição meramente simbólica, de apenas 75 mil euros.

Agora, a associação pondera a reabertura do capital da instituição, mas não define prazos nem critérios, limitando-se, para já, a rejeitar novos parceiros portugueses.

"Tal como no passado admitimos que entidades da economia social se tornassem acionistas, poderemos em termos internacionais encontrar parcerias, assegurando que continuamos a ser a entidade titular", disse Virgílio Lima. Mas "não em termos nacionais", continuou.

Mais do que um prazo, disse, há critérios que têm a ver com a evolução do balanço: "há imparidades que resultaram de desvalorizações que queremos recuperar, dado que estamos num ciclo positivo", explicou. Esse ciclo permite, além da reversão de imparidades, a libertação de dividendos.

O "timing" será "logo que consigamos fazer isso de forma substancial. Desejamos que seja num horizonte razoável mas o número exato de anos depende da evolução da atividade do banco", afirmou.

Venda do Finibanco fechada até ao final de junho

Virgílio Lima confirmou ainda que o "closing" da venda do Finibanco ao banco nigeriano Access Bank deverá acontecer no próximo mês.

"A expetativa que temos é que a venda do Finibanco Angola se possa fechar até ao final do primeiro semestre", afirmou. As negociações iniciaram-se no ano passado.
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