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Pode haver banca especializada no online?

Investir pela Internet tem peso no mundo da corretagem. O que acontecerá aos outros canais?

07 de Março de 2008 às 08:00
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O primeiro banco a dar um tiro certeiro na corretagem online em Portugal foi o BIG, em 1999. Foi também dos poucos bancos europeus a disponibilizar serviços a nível mundial. Em 2001 nasce o ActivoBank7 e o Best. Depressa estes se tornaram ágeis e conseguiram adquirir uma excelente panóplia de investidores conhecedores do mercado. A banca tradiconal não ficou a dormir e atacou o online, criando os seus próprios sites.

Por seu lado, aqueles começaram também a entrar no negócio tradicional ao lançarem produtos considerados âncora para as instituições bancárias, caso do crédito à habitação e dos depósitos a prazo. Fonte do Santander explica que isto sucedeu porque facilita e promove o cross selling dando um empurrão à fidelização dos clientes.

Para satisfazer o cliente

O Activobank7 refere que este alargamento de oferta tem como principal finalidade colmatar as necessidades dos clientes. Diogo Cunha, adminstrador do BIG ressalva que esse papel só é permito aos bancos, pelo que as corretoras não o podem fazer. Daí que a LJCarrejosa esteja já a pensar mudar de estatuto para também o poder fazer. Pedro Azevedo, responsável de comunicação da Golden Broker assume o papel de corretagem como um serviço a prestar ao cliente e no futuro considera que este será um valor acrescentado, pois as informações e a capacidade de bem aconselhar farão toda a diferença.

Para Pedro Azevedo o canal online é apenas um dos lados da barricada. “É uma parte do negócio. Há outros meios para dar as ordens: por telefone, ao balcão. É fundamental aconselhar bem o investidor para que este faça o melhor investimento possível”, defende.

Tiago Fleming, responsável de marketing da LJCarregosa sabe que o negócio só de corretagem não chega. Há que atacar outras áreas mas afiança que o online é um canal muito importante para dinamizar o mercado, isto porque é eficiente, mais económico e elimina barreiras ajudando na sinergia de custos. Na sua opinião este será um negócio que tenderá a mudar. O acesso ao online fez com que a corretagem fosse acedida pelo mass market, levando à concorrência de preços. “As margens deste negócio estão cada vez mais esmagadas”, revela.

Banca especializada online

Mas será que é possível haver uma banca especializada online, visto que as ordens são dadas pelo próprio investidot? Para Diogo Cunha é possível ter uma corretora especializada online (real time, diferentes bolsas, streamer, futuros, entre outros produtos), com as vantagens de um banco (conta à ordem, cartões, cheques...). Do ponto de vista de segurança e solidez, regra geral, o modelo do Banco é mais forte.

Segundo o Santander Totta a designação de corretoras online, inicialmente adoptado pelo mercado, estava associado de praticarem essencialmente serviços de trading em mercados financeiros, comercialização de fundos de investimento, de custódia, ou seja parte da oferta típica da banca de investimento. Actualmente, assiste-se a um alargamento da oferta que entra - como se referiu acima na entrada na área da banca comercial. No entanto, segundo a mesma fonte esta designação é ainda a que mais se adequa, no sentido mais lato, em que oferece uma panóplia de produtos e serviços bancários e financeiros associados a critérios de pricing competitivos.

Paulo Horta, director do Banco Best também considera que pode haver banca especializada no online. Este tipo de relacionamento tem crescido no mundo inteiro e conta que há já bancos estrangeiros que através de uma webcam falam directamente com o cliente, estabelecendo assim um contacto mais físico. Ou seja, fazem conference call, ajudando assim o cliente a melhor investir.

Na sua opinião a grande vantagem é também o cliente poder dar a ordem a partir de casa ou do escritório, inclusive se quiser investir no mercado japonês pode ir ao computador `s 03h00 da manhã de Lisboa e fazê-lo sem depender de ninguém.

Paulo Horta diz ainda que o futuro deste negócio assenta na globalização e que os investidores serão cada vez mais globais e o investimento internacional irá entrar no dia-a-dia dos investidores nacionais. Principalmente nas camadas mais jovens que já aderiram ao canal online começando a negociar por eles próprios.

Preços a ter em conta

Apesar de o preço não ser o indicador mais importante. A qualidade do serviço e a segurança devem pontuar na sua análise. A realidade é que deve ter em conta o seguinte: a comissão sobre a transacção (variam entre instituições e entre nacional e internacional), depois quando se transmite uma ordem o intermediário cobra um valor fixo ou um montante do valor fraccionado, normalmente dois euros por negócio.

Outras comissões a ter em consideração são: pagamento de dividendos, guarda de títulos e despesas de portes e expediente. O Jornal de Negócios visitou os balcões, foi aos sites e telefonou para as instituições. Ainda neste dossie encontrará uma tabela comparativa de preços, porém, faça você mesmo a pesquisa. Para não ser apanhado de surpresa!

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