Notícia
PCP não desiste da nacionalização definitiva do Novo Banco para ter apoio do PS
"Está lá a palavra e não vamos tirar". A declaração é do comunista Miguel Tiago ao Negócios e serve para mostrar que o partido não desiste da nacionalização definitiva do Novo Banco para conseguir os votos do PS.
O PCP não está disposto a desistir da ideia de uma nacionalização definitiva do Novo Banco, mesmo que isso implique o chumbo do projecto de resolução que recomenda isso mesmo ao Governo.
O Parlamento vai discutir em breve um projecto de resolução do PCP já com um ano onde a Assembleia da República recomenda ao Governo a nacionalização "definitiva" do banco que resultou do fim do BES. Mas para que o projecto seja aprovado é necessário ter os votos do PS (o Bloco concorda com a nacionalização definitiva e a direita opõe-se à ideia).
Esta quarta-feira, o jornal Público avançou que o PS ainda não tinha decidido como votaria este projecto e citava o líder parlamentar, Carlos César, a defender que se os comunistas fizessem "alterações significativas" ao mesmo, o PS poderia viabilizar o diploma. O objectivo era que estas alterações significativas permitissem tornar temporária a nacionalização, em vez de definitiva como está previsto no projecto.
O PS não se opõe à ideia da nacionalização, mas recusa assumir o próximo passo: nova venda mais tarde ou ficar na esfera do Estado para sempre.
Na TSF, o deputado comunista Miguel Tiago foi confrontado com esta questão. O jornalista perguntou-lhe se o PCP estaria disposto a deixar cair a palavra "definitiva" para ter o aval do PS à nacionalização.
"Tanto quanto me lembro [o projecto de resolução] não tem a palavra 'definitiva' mas é nesta perspectiva que foi apresentado", disse.
O projecto, que pode ser consultado no site do Parlamento, diz preto no branco que o tipo de nacionalização que vai a votos é "definitiva".
Ao Negócios, Miguel Tiago assume o lapso e clarifica a posição do PCP neste momento. "Está lá a palavra e não vamos tirar."
O PCP conta discutir e votar no Parlamento o seu projecto no início de Fevereiro. O Governo está a negociar directamente com a Lone Star para tentar obter uma proposta melhorada que dispense a garantia pública. O processo de venda mantém-se, mas o ministro das Finanças, Mário Centeno, admite que a nacionalização é o plano B. Fora de questão está a liquidação do banco.
O Parlamento vai discutir em breve um projecto de resolução do PCP já com um ano onde a Assembleia da República recomenda ao Governo a nacionalização "definitiva" do banco que resultou do fim do BES. Mas para que o projecto seja aprovado é necessário ter os votos do PS (o Bloco concorda com a nacionalização definitiva e a direita opõe-se à ideia).
O PS não se opõe à ideia da nacionalização, mas recusa assumir o próximo passo: nova venda mais tarde ou ficar na esfera do Estado para sempre.
Na TSF, o deputado comunista Miguel Tiago foi confrontado com esta questão. O jornalista perguntou-lhe se o PCP estaria disposto a deixar cair a palavra "definitiva" para ter o aval do PS à nacionalização.
"Tanto quanto me lembro [o projecto de resolução] não tem a palavra 'definitiva' mas é nesta perspectiva que foi apresentado", disse.
O projecto, que pode ser consultado no site do Parlamento, diz preto no branco que o tipo de nacionalização que vai a votos é "definitiva".
Ao Negócios, Miguel Tiago assume o lapso e clarifica a posição do PCP neste momento. "Está lá a palavra e não vamos tirar."
O PCP conta discutir e votar no Parlamento o seu projecto no início de Fevereiro. O Governo está a negociar directamente com a Lone Star para tentar obter uma proposta melhorada que dispense a garantia pública. O processo de venda mantém-se, mas o ministro das Finanças, Mário Centeno, admite que a nacionalização é o plano B. Fora de questão está a liquidação do banco.