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Novos rácios exigidos ao Santander são cumpridos e não trazem limitações

Os rácios de capital alcançados pelo Santander no final de Setembro são inferiores aos mínimos que serão exigidos pelo BCE para o próximo ano.

Reuters
18 de Dezembro de 2017 às 17:42
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O espanhol Santander tem rácios superiores aos mínimos exigidos pelo Banco Central Europeu no próximo ano e, por isso, diz não ter quaisquer obstáculos, nomeadamente no que diz respeito a dividendos.

 

"Tendo em conta os níveis de capital actuais do Santander, tanto a nível consolidado como individual, os requisitos de capital não implicam nenhuma limitação de distribuição em forma de dividendos, de retribuição variável e de pagamentos de cupão aos titulares de títulos de Additional Tier 1", concretiza a instituição financeira presidida por Ana Botín no comunicado enviado ao regulador do mercado.

 

Segundo o Santander, a decisão do BCE é a de que o rácio Common Equity Tier 1 (CET1) mínimo, que mede o peso dos melhores dos fundos na instituição, é de 8,655%, em termos consolidados e segundo as regras aplicáveis no próximo ano ("phased-in"). "Este requisito compara com o rácio CET1 de 12,18%, no último reporte, a 30 de Setembro de 2017".

 

Este rácio é composto por vários aspectos: o pilar 1, que é o capital mínimo, de 4,5%; o pilar 2, que diz respeito ao risco da instituição, de 1,5%; a reserva de conservação de capital, de 1,875%; a reserva por ser uma entidade financeira global com importância sistémica, de 0,75%; e ainda a reserva contracíclica de capital, de 0,03%.

 

Já o rácio que inclui o Common Equity Tier e outros títulos (como dívida), chamado de capital total, é de 12,155%, também segundo as regras aplicáveis no próximo ano.


"Em termos ‘fully loaded’ [com aplicação total das regras bancárias europeias], os requisitos consolidados são de 9,53% de CET1 e 13,03% de capital total. Os rácios de capital ‘fully loaded’ do Santander a 30 de Setembro de 2017 eram de 10,80% e 14,38%, respectivamente", assinala ainda o banco.


Estes são dados referentes ao grupo espanhol Santander, onde se inclui o português Santander Totta, que saíram da avaliação individualizada feita pelo BCE, o chamado SREP – "supervisory review and evaluation process". Não foram indicados os níveis exigidos ao banco de direito português. 

 

Até ao momento, só os bancos de capitais espanhóis – o Bankinter e o BPI (do CaixaBank) - relevaram as exigências determinadas pelo supervisor.

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