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Mutualistas controlam 99,7% após conversão da caixa económica do Montepio

A Montepio Geral – Associação Mutualista ficou com 98,28% do fundo da Caixa Económica Montepio Geral. Mas a conversão em sociedade anónima, o poder ainda aumenta.

Bruno Simão
11 de Setembro de 2017 às 17:32
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Os mutualistas vão controlar 99,7% da caixa económica do Montepio no final desta semana. Com a oferta pública de aquisição, cujos resultados foram divulgados esta segunda-feira 11 de Setembro, a mutualista ficou com 98,28% do fundo de participação da caixa económica. Com a conversão em sociedade anónima, esperada para esta quinta-feira, a participação sobe para 99,7%.

 

Neste momento, a associação mutualista sob o comando de António Tomás Correia detém 2.020 milhões de euros do capital institucional da caixa económica. Só que a caixa também tem o fundo de participação, com um valor de 400 milhões de euros. Destes, 393 milhões estão nas mãos dos mutualistas após a concretização da OPA. Com a conversão em sociedade anónima, passo dado com a obrigatoriedade determinada pelo Banco de Portugal, estes 400 milhões vão passar a corresponder a capital social. E 393 milhões são directamente detidos pelos mutualistas.

 

Ao todo, o capital da Caixa Económica Montepio Geral, liderada por José Félix Morgado, totalizará 2.420 milhões aquando da conversão, sendo que 2.413 milhões serão detidos pela mutualista. É aqui que vem a participação directa de 99,7% que a mutualista terá na caixa.

 

Esta percentagem é alcançada após a conversão em sociedade anónima, cujo registo deverá ser pedido no próximo dia 14 de Setembro. A partir daí, a mutualista espera convocar uma assembleia-geral de accionistas (em que a mutualista controla) para solicitar a perda da qualidade de sociedade aberta da instituição e comprar as unidades de participação que não adquiriu.

 

O objectivo é depois haver uma ordem permanente de compra, a 1 euro, para ficar com 100% do Montepio. E, depois, aí, ficar à vontade para negociar a entrada de eventuais investidores da economia social.

 

"O sucesso desta operação criou todas as condições para concretizar a nossa missão, que é a de abrir, na maior extensão possível, o capital social da CEMG a entidades e parceiros da economia social. A transformação da CEMG numa Instituição Financeira da Economia Social é uma etapa fundamental para o reforço do sector da economia social em Portugal. Estamos preparados e muito motivados para contribuir activamente para o desenvolvimento sócio-económico do nosso país", diz Tomás Correia, citado no comunicado.

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