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Mourinho Félix: “Não creio que processo do BCP afecte” compra de dívida do Novo Banco
A acção judicial do BCP contra a venda do Novo Banco não deve afectar a oferta de compra de dívida que a instituição tem em curso, acredita o secretário de Estado das Finanças. Até porque o processo “não põe em causa” a alienação à Lone Star.
"Não creio" que o processo do BCP contra a venda do Novo Banco afecte a oferta de compra de dívida que está em curso. A convicção é de Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado das Finanças, na primeira reacção do Ministério das Finanças à diligência desencadeada pelo banco liderado por Nuno Amado a 1 de Setembro último.
"Não me parece que tenha tido impacto, de acordo com a informação regular que vou tendo", explicou o governante num encontro com jornalistas. O secretário de Estado chamou a atenção para o facto de o processo do BCP não ser uma providência cautelar contra a venda do Novo Banco, mas antes uma acção administrativa que não pede a suspensão do negócio já acordado com a Lone Star.
Já sobre a possibilidade de a iniciativa poder vir a ser pretexto para melhorar o acordo de venda do Novo Banco, designadamente no que diz respeito ao mecanismo de capital contingente, Mourinho Félix não exclui esta possibilidade. Recorde-se que este instrumento foi definido para proteger a Lone Star das perdas com os activos problemáticos do Novo Banco, podendo implicar que o Fundo de Resolução seja chamado a injectar um total de 3.890 milhões de euros na instituição.
Ainda assim, o governante considera que o mecanismo de capital contingente já tem regras de funcionamento. "Existem regras de gestão desses activos para evitar uma actuação predatória. Mas é sempre possível melhorar", sublinhou.