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Morgan Stanley e Deutsche Bank estimam em 3 mil milhões impacto negativo da reforma fiscal
Os encargos de 1,25 mil milhões de dólares, no caso do Morgan Stanley, e de 1,8 mil milhões para o Deutsche Bank terão reflexo nos resultados do quarto trimestre.
O Morgan Stanley estima que a reforma fiscal promovida pela administração Trump terá um impacto negativo de 1,25 mil milhões de dólares (cerca de 1,04 mil milhões de euros) nos resultados do quarto trimestre.
Para chegar a este valor, o banco calcula um encargo de 1,4 mil milhões de dólares relacionado com os activos por impostos diferidos, parcialmente compensado por um efeito positivo de 160 milhões.
No caso do Deutsche Bank, os cálculos do banco alemão, revelados esta sexta-feira, 5 de Janeiro, apontam para um encargo de 1,8 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros), que se reflectirá nas contas do quarto trimestre.
Apesar de contemplar uma descida da taxa de imposto sobre as empresas de 35% para 21%, a reforma fiscal implica, para muitas instituições, um efeito negativo no curto prazo, que se prende com a taxação dos lucros obtidos no estrangeiro e com a descida do valor dos activos por impostos diferidos.
Na semana passada, o Goldman Sachs informou que, no seu caso, o efeito negativo - relacionado principalmente com a taxa de repatriação - será de 5 mil milhões de dólares, enquanto o Bank of America calculou um impacto de 3 mil milhões.
Aprovada no final do ano passado pelo Congresso, a reforma fiscal é considerada a primeira grande vitória de Trump desde a sua chegada à Casa Branca, em Janeiro. A reforma baixa significativamente os impostos sobre as empresas, enquanto no caso das pessoas singulares, mantêm-se os sete escalões, ainda que as taxas sejam reduzidas (por exemplo, o último escalão, para rendimentos acima de 500 nil dólares, a taxa reduz-se de 39,6% para 37%).
Enquanto os republicanos garantem que esta é uma reforma que favorece a classe média, os democratas defendem que são os mais ricos e as grandes corporações quem mais sairá a ganhar.