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Moody's sobe rating das obrigações cobertas de seis bancos

A agência de rating norte-americana atualizou para triplo "A" as obrigações garantidas emitidas pelos seis maiores bancos portugueses. A decisão segue-se à subida da classificação destas instituições esta manhã.

A agência de notação financeira coloca atualmente a dívida portuguesa no segundo nível de investimento de qualidade. Esta será a última avaliação ao país este ano.
Reuters
Diogo Mendo Fernandes diogofernandes@negocios.pt 22 de Novembro de 2023 às 15:08
A Moody's subiu o rating das obrigações garantidas (cobertas) de seis dos maiores bancos portugueses - BCP, BPI, Caixa Geral de Depósitos (CGD), Banco Montepio, Novo Banco e Santander Totta - para o nível máximo da categoria de investimento, triplo "A".

Esta decisão acontece depois de esta manhã a agência ter elevado a notação de seis instituições financeiras, mantendo a de outra. Uma decisão que foi tomada na sequência da subida da classificação, na passada sexta-feira, da dívida soberana de Portugal – que teve um "upgrade" de dois níveis, para A3.

As obrigações cobertas estão sempre garantidas por ativos de elevada qualidade, geralmente constituídos por hipotecas ou títulos de dívida emitidos por administrações centrais.

"As ações de rating de hoje nos programas de obrigações portuguesas garantidas seguem-se a um aumento da notação da dívida da República Portuguesa na divisa local de Aa2 para Aaa que, por sua vez, resulta da atualização do 'rating' da dívida soberana para A3 com um 'outlook' estável, de Baa2 a 17 de novembro, bem como a atualização das avaliações dos riscos de contraparte ["Counterparty Risk (CR)"] dos seis emissores de obrigações cobertas", indica a agência.

"Por isso, os ratings das obrigações garantidas já não estão constrangidos pelo 'rating' do país", assinalam os analistas da Moody's.

Na mesma nota, a agência de notação financeira explica que reduziu as margens de refinanciamento para todas as obrigações cobertas nacionais.

"Estes ajustes são suportados por uma combinação de fatores (...), que incluem o progresso da economia portuguesa, tal como refletido na melhoria do rating da República para A3 de Baa2, a redução significativa dos 'spreads' no mercado de dívida garantida em Portugal nos últimos anos e a implementação bem-sucedida da diretiva europeia relativamente a obrigações cobertas, que reforçam a importância sistémica deste tipo de obrigações portuguesas", justifica.

Várias linhas de obrigações cobertas por hipotecas, dos seis bancos referidos, passaram assim para Aaa, de Aa2, à exceção de obrigações sobre o setor público, emitidas pelo BPI, cujo "rating" subiu para Aa2, de Aa3.
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