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Montepio deixa passar oportunidade de crescer em Angola
O Montepio vai "manter a posição" que tem em Angola, não pretendendo aproveitar o facto de grandes bancos portugueses estarem a deixar de controlar instituições angolanas. "Não temos qualquer plano de crescimento ou expansão em Angola", revela Félix Morgado.
"Vamos manter a posição que temos em Angola", sublinha o presidente do Montepio quando questionado sobre se pretende aproveitar o facto de vários grandes bancos portugueses, como o BCP e provavelmente o BPI, estarem a deixar de controlar bancos angolanos.
"Não temos qualquer plano de crescimento ou expansão em Angola", admite José Félix Morgado, garantindo que o Finibanco Angola, controlado em 51% pelo Montepio, "vai continuar a ser um banco de nicho" no mercado angolano, onde tem uma quota de 1% e 21 balcões.
Nos primeiros três meses deste ano, a operação angolana registou lucros de 3,9 milhões de euros, mais do dobro do valor apurado um ano antes. Uma evolução que o Montepio atribui ao crescimento do produto bancário e aos resultados de reavaliação cambial, que mais do que compensaram o aumento das imparidades para crédito.
O Finibanco Angola é um dos três bancos angolanos controlados por instituições financeiras nacionais. O número de bancos em Angola cuja maioria de capital é de grupos portugueses diminuiu depois da fusão do Millennium Angola com o Atlântico, o que levou o BCP a deixar de controlar a nova instituição.
Também o BPI poderá em breve deixar de controlar o Banco de Fomento Angola, para resolver o problema de excesso de exposição a Angola. Se esta operação se confirmar, apenas o Montepio e a Caixa Geral de Depósitos, que controla o Banco Caixa Geral Angola, manterão posições maioritárias em bancos angolanos.