Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Montepio aceita comprar activos imobiliários à Mutualista para depois vendê-los

A aquisição de uma participação na Silvip e de unidades do fundo imobiliário VIP foi aprovada em assembleia-geral. A caixa compra à mutualista para depois vender a "preços equivalentes".

Miguel Baltazar/Negócios
13 de Julho de 2016 às 00:01
  • ...

"Aprovado, por unanimidade, tendo sido ajustada a redacção inicial deste ponto". É apenas isto que a Caixa Económica Montepio Geral diz sobre a proposta - que levou à assembleia-geral da passada semana - de compra de activos imobiliários à Associação Mutualista Montepio Geral para posterior venda.

 

No comunicado divulgado esta terça-feira, dia 12 de Julho, que dá conta do resultado da assembleia-geral extraordinária da Caixa Económica Montepio Geral que se realizou a 6 de Julho, não são dados pormenores sobre que ajustes são estes à proposta inicial que foi discutida e que envolve a Silvip – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário.

 

Originalmente, a proposta enquadra-se na estratégia de venda de activos imobiliários do Montepio – os bancos ficaram com uma forte exposição ao imobiliário, muito por conta da crise que impediu as famílias de pagarem os seus créditos –, um tipo de activos que pesa nos rácios das instituições financeiras.

 

O processo é a aquisição pela Caixa Económica Montepio Geral à sua dona, a associação mutualista, da participação em acções na Silvip por 1.346.400 euros e ainda a compra à mesma associação de 213 unidades de participação no Fundo de Valores e Investimentos Prediais – VIP, neste caso por 2.015.704,20 euros. Uma operação que custa à Caixa Económica liderada por José Félix Morgado 3,4 milhões de euros.

 

Depois destas aquisições, a administração da caixa económica propõe-se a alienar as referidas participações adquiridas à mutualista e ainda um lote de unidades de participação que a própria caixa também já tem no fundo VIP.

 

Na proposta em cima da mesa, aprovada por unanimidade por 22 membros presentes (três justificaram a "sua falta", segundo o comunicado), os preços mínimos da alienação têm de ser "equivalentes" aos preços de aquisição, ou seja, a autorização dada será a de que a venda tem de ser por 3,4 milhões de euros. 

 

Em Maio, Félix Morgado disse ao Negócios que esperava obter entre 400 a 500 milhões de euros com a venda de activos: não só imóveis mas também participações financeiras e crédito malparado. Em imóveis, e no primeiro trimestre, a instituição financeira tinha conseguido 60 milhões de euros, esperando conseguir 240 milhões até ao final do ano só neste tipo de activos.

 

Impostos diferidos sobem rácios

 

Além da questão em torno dos activos imobiliários, na assembleia-geral da semana passada foi aprovada "por maioria" a adesão do Montepio ao regime aplicável aos activos por impostos diferidos que permite uma subida de rácios da instituição financeira.


Contudo, na convocatória feita e divulgada ao mercado, não é indicada qual a estimativa de impacto real dos rácios. 

 

 

Ver comentários
Saber mais Associação Mutualista Montepio Geral Caixa Económica Montepio Geral José Félix Morgado imóveis Silvip
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio