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Montepio defende que acordo com sindicatos "defende manutenção de postos de trabalho"

O congelamento salarial em 2016 e 2017. Não recurso ao despedimento colectivo no próximo ano. Aspectos do acordo de empresa assinado pelo Montepio com os sindicatos.

Pedro Elias
29 de Dezembro de 2016 às 20:00
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O Montepio defende, em comunicado oficial, que o acordo que fechou com os sindicatos, e que prevê o congelamento salarial por dois anos, é o que protege a "manutenção de postos de trabalho".

 

"Trata-se de um contrato colectivo de trabalho equilibrado, que reúne práticas já existentes na nossa instituição, às quais damos a força de regulamentação, com novos benefícios e práticas de gestão que valorizam os colaboradores e o seu desenvolvimento profissional, prevendo um conjunto de benefícios sociais impar no sector", indica, citado no comunicado, José Félix Morgado, presidente do conselho de administração executivo da caixa económica.

 

O acordo foi assinado pelos sindicatos que pertencem à Febase e à Febisa e prevê não só o congelamento salarial em 2016 e 2017 mas também o não recurso ao despedimento colectivo até ao final do próximo ano.

 

Para compensar o congelamento salarial, caso haja resultados positivos do Montepio em 2018 e 2019, poderá haver a distribuição extraordinária de resultados pelos trabalhadores até ao montante de 5% "dos resultados positivos obtidos no ano da distribuição". Nos últimos anos, a caixa económica tem reportado prejuízos mas o orçamento para 2017 prevê o regresso aos lucros, segundo o plano a debater em assembleia-geral esta quarta-feira.

 

"A 1 de Janeiro de 2018 os trabalhadores abrangidos por este acordo verão actualizada a sua tabela salarial de acordo com a que estiver em vigor no sector bancário naquela data", indica a nota da Febase. O acordo é aplicado não só aos funcionários da caixa económica mas também às suas participadas Montepio Valor e Montepio Crédito.

 

Félix Morgado fala no "empenho, esforço e responsabilidade de todas as partes" para chegar ao entendimento. "Finalmente, importa dizer que este foi o acordo possível numa conjetura particularmente desfavorável que persiste no sector financeiro e face ao risco de caducidade do Acordo Coletivo de Trabalho (e inerente perda dos SAMS) mas igualmente face ao risco de alteração, ou mesmo eliminação, de diversos benefícios contemplados, exclusivamente, em normativos internos do Montepio, agora vertidos e consagrados no ACT do MG, para melhor salvaguarda das legítimas expectativas dos trabalhadores", conclui o Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos Bancários (SNQTB). O Montepio quis cortar salários, o que foi rejeitado pelos sindicatos.

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