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Ministra das Finanças afasta responsabilidade em eventuais despedimentos no Novo Banco

Maria Luís Albuquerque repetiu, por várias vezes, que o Estado não é accionista do Novo Banco, pelo que não se pode responsabilizar por decisões tomadas pela administração. Incluindo despedimentos.

Bruno Simão/Negócios
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O Governo não tem qualquer poder de decisão na administração do Novo Banco. Portanto, não define se haverá, ou não, despedimentos naquela instituição que herdou todos os trabalhadores do Banco Espírito Santo. Quem o diz é Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças.

 

"O Governo, o Estado, não é accionista do novo banco. Volto a repetir: não é accionista do novo banco. Não escolhe a administração do Novo Banco. Não toma decisões no Novo Banco. Não tem risco no Novo Banco. Não faz despedimentos no Novo Banco. Não é dono do Novo Banco", disse Maria Luís Albuquerque na comissão permanente (órgão que substitui o plenário) desta quinta-feira, 7 de Julho, que se debruça sobre o caso Banco Espírito Santo. O debate foi solicitado pelo Partido Socialista e teve como tema as medidas anunciadas pelo Banco de Portugal para resolver a crise que se sentiu no banco.

 

Questionada pelo deputado Pedro Filipe Soares do Bloco de Esquerda sobre se a solução encontrada salvaguardava os postos de trabalho, a ministra disse apenas que a opção de transferir os activos do BES (expurgados dos considerados problemáticos que ficaram numa instituição chamada banco mau) "não tem qualquer impacto nos postos de trabalho".

 

"A criação do Novo Banco transferiu para este Novo Banco todos os trabalhadores do antigo BES", assegurou a governante, sem contudo dar garantidas do que poderá acontecer ao futuro - por exemplo, se o número de postos de trabalho será uma das imposições numa futura venda das acções da instituição financeira.

 

Neste momento, o Novo Banco tem como accionista único o fundo de resolução, responsável pela capitalização de 4,9 mil milhões de euros que o banco liderado por Vítor Bento tem de receber (3,9 mil milhões dos quais através da linha de capitalização da troika). 

 

Contudo, o fundo de resolução é uma entidade pública, encontrando-se sob a tutela de Maria Luís Albuquerque, apesar de dispor de autonomia financeira. 

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