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Seguro contra possíveis despedimentos no Novo Banco

O secretário-geral do PS mostrou-se hoje contra uma possível redução de postos de trabalho na sequência do plano de reestruturação do Novo Banco, afirmando que não podem ser os "mais vulneráveis" a pagar os prejuízos.

08 de Agosto de 2014 às 20:49
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"Não podem ser os mais vulneráveis a pagar os erros dos administradores e dos accionistas, isso é que é inaceitável. Então agora os administradores cometeram erros e são os trabalhadores que vão pagar, vão ser os responsáveis ?", questionou António José Seguro.

 

O secretário-geral socialista, que falava aos jornalistas em Nisa (Portalegre) à margem de um encontro com simpatizantes e militantes do PS, sublinhou ainda que os pequenos accionistas ou os contribuintes não podem ser responsabilizados neste caso, mostrando-se, por isso, "surpreendido" com as declarações de Vítor Bento que, em entrevista à SIC, afirmou que está a preparar uma reestruturação no Novo Banco.

 

Vítor Bento, que admitiu que a restruturação poderá passar pela redução de balcões e por despedimentos, acrescentou ainda que o plano deverá estar pronto daqui a um máximo de três meses, e o objectivo é redimensionar o banco e torná-lo rentável.

 

"Parece-me surpreendente que a primeira declaração seja nesse sentido, as partes mais vulneráveis não podem ser eles, em primeira instância, a ter que pagar esta situação e, sobretudo, com o elevado número de desempregados que há no nosso país", disse António José Seguro.

 

Para o dirigente socialista existe uma "crise de confiança" no país e no regime, considerando ainda que os portugueses estão "desiludidos" com a política, "não acreditam" nas instituições e na justiça e que agora tiveram "mais uma surpresa" e "mais uma razão" para "desconfiar" do sistema bancário.

 

O secretário-geral do PS diz que é preciso "dar razões de confiança" para que os portugueses voltem a acreditar nas instituições, sublinhando que, para isso, é necessário uma "ruptura" no regime.

 

No encontro em Nisa com simpatizantes e militantes do PS, António José Seguro voltou a mostrar-se preocupado com as questões relacionadas com o desemprego e com a interioridade.

 

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