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Miguel Maya: "É nossa obrigação contribuir para a continuidade da atividade económica"

O presidente do BCP enviou uma missiva aos trabalhadores do banco, reforçando as preocupações com a pandemia da covid-19.

Lusa
Negócios 19 de Março de 2020 às 12:59
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Miguel Maya, presidente do BCP, enviou uma missiva aos seus trabalhadores, realçando as preocupações com a proteção do pessoal, mas reforçando a ideia deixada ontem pelo Presidente da República de que a economia não pode morrer, e como tal não se pode parar a produção.


O presidente do BCP segue o mesmo caminho, prometendo "cumprir o nosso dever perante as comunidades que servimos". 

"Tendo sempre presente a prioridade que atribuímos à proteção dos colaboradores, sem deixar de cumprir o nosso dever perante as comunidades que servimos, justificam-se, também da nossa parte, a adoção de medidas adicionais de contenção da propagação do vírus", diz Miguel Maya, numa comunicação aos trabalhadores, a que o Negócios teve acesso.

Mas acrescenta: "as decisões que tomamos e as atuações que empreendemos não podem no entanto deixar também de ter em consideração que é nossa obrigação contribuir para a continuidade da atividade económica, a qual, mesmo a níveis muito inferiores ao normal, assume uma relevância vital neste período de emergência e é  indispensável para a continuidade do funcionamento das estruturas comunitárias que suportam a estabilidade e a coesão social, o que, a não acontecer, teria efeitos imprevisíveis, mas seguramente devastadores, no bem estar das famílias e na sustentabilidade das instituições em geral e  naturalmente do próprio Banco Comercial Português".

Daí que o BCP garanta que reforçou o recurso ao teletrabalho, "solicitando-se aos diretores coordenadores das áreas de operações, áreas de suporte ao negócio e das áreas de negócio em que o alargamento do teletrabalho também seja viável, que, em articulação com o respetivo administrador e sempre que tal seja exequível tanto do ponto de vista da continuidade de negócio como da capacidade instalada para trabalhar remotamente, coloquem em teletrabalho até 100% dos colaboradores das respetivas áreas; naturalmente  desde que disponham, ou possam ser criadas, condições para trabalhar a partir de casa".

Colocando o maior número de pessoas em teletrabalho, Miguel Maya lança, no entanto, o aviso: "É no entanto essencial assegurar que o trabalho remoto não se traduz num menor grau de rigor nas nossa atuações".

Miguel Maya aproveita para deixar uma palavra especial aos trabalhadores que não podendo fazer teletrabalho continuam a ter "diariamente interações fisicamente mais próximas dos clientes, as quais são muitas vezes imprescindíveis para que o banco possa manter a confiança dos clientes e cumprir as obrigações que nos competem perante a sociedade".

O presidente executivo do BCP reúne tropas e alenta-as: "Há momentos em que é absolutamente indispensável sentir e fazer sentir a confiança que resulta de trabalharmos numa organização coesa, numa casa com valores com os quais nos identificamos, numa empresa com capacidade de exigir de nós mas simultaneamente de nos dar a mão sempre que necessitamos", para concluir: "contamos convosco nesta missão. Permaneçam exigentes connosco". 

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