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Mercado de seguros deverá crescer 3,8% por ano em Portugal durante uma década

A quebra verificada em 2023 deverá ser contrariada nos próximos anos, estima a Allianz. O crescimento no mercado nacional deverá, no entanto, ficar aquém do que vai ocorrer a nível global.

Bloomberg
23 de Maio de 2024 às 09:00
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O mercado nacional de seguros deverá crescer a um ritmo anual de 3,8% na próxima década, prevê a Allianz.

O crescimento contrasta com a diminuição verificada nos últimos anos e que é constatada no "Global Insurance Report" publicado nesta quinta-feira.

"A queda no mercado do ramo vida continuou em 2023, embora a um ritmo mais lento: os prémios diminuíram ‘apenas’ 14,3%, após -22,1 % em 2022. Apesar de o segmento não vida ter registado um crescimento saudável de 8,6%, o aumento mais rápido desde o início do século, a receita total de prémios caiu 1,9%", lê-se no relatório, que conclui que "o mercado português de seguros continua a ser - em cerca de mil milhões de euros - mais pequeno do que antes da pandemia de Covid-19".

Ainda assim, "as perspetivas são animadoras: prevemos que o mercado cresça 3,8 % por ano durante a próxima década", estimam os autores.

Mercado global vai crescer 5,5%


O crescimento previsto para os próximos dez anos em Portugal fica, no entanto, abaixo do calculado para o mercado global, que deverá aumentar 5,5% - a mesma taxa estimada para o Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, depois de nas décadas anteriores ter ficado abaixo do crescimento económico mundial.

A Allianz estima que os pesos dos três segmentos irão mudar. "O segmento não vida crescerá 4,7 % por ano, após 5,0 % por ano nos últimos dez anos, à medida que acabam os aumentos dos preços relacionados com a inflação. Também se espera que o segmento saúde cresça um pouco mais lentamente, mas, a 7,3 % por ano, o aumento continua a ser elevado. Em contraste, o segmento vida pode crescer 5,1 % por ano (um aumento de 3,5 % por ano), beneficiando de maiores taxas de juros. No total, o conjunto global de prémios deverá aumentar em quase 5 biliões de euros.

O segmento vida dará o maior contributo para esta evolução, com um acréscimo de 1,9 mil milhões de euros, "com a Ásia (sem o Japão) a continuar o motor de crescimento para o negócio global de vida (+7,3 % por ano). A região deverá representar metade do crescimento absoluto dos prémios (928 mil milhões de euros), mais do que a América do Norte (377 mil milhões de euros) e a Europa (323 mil milhões de euros) juntas. Apesar de a China (+7,7 % por ano) ainda continuar a dominar a região em termos absolutos, provavelmente o verdadeiro campeão de crescimento na próxima década será a Índia (+13,6 % por ano)", prevê a Allianz.

Segundo o relatório, os prémios adicionais no de segmento não vida representarão 1,4 mil milhões de euros até 2034. "Apesar de um crescimento indubitavelmente maior na Ásia (sem o Japão: 7,1 % por ano) em relação à América do Norte (3,8 % por ano), em termos absolutos, a última região vai dominar claramente: 584 mil milhões de euros de prémios adicionais na América do Norte contra 376 mil milhões de euros na Ásia (sem o Japão) e 184 mil milhões de euros na Europa Ocidental", estima-se.
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