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Produção de seguros em Portugal cai 1,9% no quatro trimestre

O relatório da ASF relativo ao quarto trimestre do ano passado mostra que o ramo Vida teve uma queda de 14,3%, em contraciclo com os ramos Não Vida, que cresceram 10%.

O prazo para apresentação de candidaturas já decorre. A ASF, o Banco de Portugal e a CMVM selecionarão um máximo de cinco empresas.
Mariline Alves
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A produção global de seguro direto da atividade em Portugal diminuiu 1,9% no final de 2023, face ao mesmo período do ano anterior, informou a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) num comunicado relativo ao quarto trimestre do ano passado. No total, está em 11,8 mil milhões de euros.

Os números provisórios da ASF apontam também para uma queda de cerca de 22% no resultado líquido do setor sob supervisão do regulador nacional, que terá passado de 900 milhões de euros em 2022 para 700 milhões no ano passado. A queda foi influenciada, no entanto, por um efeito de base verificado em 2022, quando a Gamalife comprou uma carteira do ramo Vida em Itália. Sem essa operação, o resultado no ano passado poderia ter sido mais próximo do registado no ano passado e também em 2021 (cerca de 650 milhões de euros).

No que à produção diz respeito, 2023 foi o segundo ano consecutivo de queda depois da redução verificada entre 2021 e 2022 (período durante o qual caiu de cerca de 13,4 mil milhões para 12,1 mil milhões de euros). A evolução reflete tendências de sentido oposto nos ramos Vida e Não Vida.

"O ramo Vida apresentou uma quebra de 14,3%, tendo sido relevante para este decréscimo a diminuição verificada nos seguros de vida ligados (-54,8%), em particular nos PPR (-66,3%)", pode ler-se no comunicado.

Os PPR têm agora um peso de cerca de 25% na carteira do ramo Vida: 20% nos seguros não ligados e 5% nos ligados a fundos de investimento.

"Já os ramos Não Vida registaram um crescimento de 10,4%, de onde se destaca o crescimento de 16,7% no ramo Doença, cujo peso relativo na produção passou a ser de 20,3% no final do período", acrescenta o supervisor dos seguros.

No final do ano passado, o ramo Vida representava 43,6% da carteira do setor, enquanto o não Vida equivalia a 56,4%.

Ao longo do último ano, os montantes pagos aumentaram 12,1%, tendo sido "determinantes o crescimento de 12,7% no ramo Vida, potenciado pela variação positiva de 22,3% verificada nos seguros de Vida Não Ligados (incluindo os PPR Não Ligados), e de 11% nos ramos Não Vida, tendo para isso contribuído os ramos Incêndio e Outros Danos (22,3%) e Doença (18%)".

Já o valor das carteiras de investimento das empresas de seguros "totalizou 50,4 mil milhões de euros, o que representa um decréscimo de 0,7% face ao mesmo período do ano anterior".

* Notícia atualizada às 16h com dados adicionais sobre o resultado líquido do setor
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