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Menores imparidades levam lucro do Finantia aos 19,4 milhões de euros

O Finantia registou um crescimento de 35% dos lucros até Junho, um avanço que se deve à melhoria da margem financeira e das comissões, mas sobretudo à queda da rubrica de imparidades e provisões.

António Guerreiro é o maior accionista do Finantia Bruno Simão/Negócios
03 de Agosto de 2017 às 15:51
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O Finantia conseguiu um aumento de 35% dos lucros nos primeiros seis meses do ano. A margem financeira subiu, mas foi a redução das imparidades que deu a folga à instituição financeira centrada na banca privada e de investimento.

 

O lucro obtido pelo Finantia no primeiro semestre alcançou os 19,4 milhões de euros, mais 5 milhões, ou 35%, do que em igual período do ano passado, segundo comunicado do banco enviado às redacções.

 

A margem financeira (diferença entre juros cobrados e juros pagos) do Finantia fixou-se em 30,6 milhões de euros entre Janeiro e Junho, um crescimento de 2% em relação ao semestre homólogo. As comissões líquidas aumentaram, por sua vez, para 12,3 milhões de euros.

 

As imparidades e provisões constituídas pelo banco presidido por Pedro Perestrelo dos Reis diminuíram para 6,5 milhões, caindo 4,7 milhões de euros – praticamente o valor que aumentou no lucro.

 

Sendo assim, o produto bancário, já incorporando a rubrica de imparidades e provisões, fixou-se em 36,4 milhões, um crescimento de 24%. Em contraponto, os custos operacionais do banco detido, em 57%, pela Finantipar (cujo accionista maioritário é António Guerreiro, que já liderou o banco) agravaram-se de 10,5 para 11,1 milhões de euros. Chega-se assim, após impostos, ao lucro de 19,4 milhões. 

 

Especializado em assessoria a operações de fusões e aquisições (é o assessor da oferta pública de aquisição dos mutualistas do Montepio sobre o fundo de participação da caixa económica) e na prestação de serviços a clientes afluentes, o Finantia tinha activos avaliados em 1.926 milhões de euros no final do semestre, mais 5% do que no mesmo período de 2016, sobretudo devido ao avanço de carteira de títulos e empréstimos. 

 

Já o passivo cresceu 4% para 1.502,4 milhões, a maior parte dos quais (816 milhões) depósitos de clientes. No comunicado, o banco defende que os depósitos subiram 18%, o que se "confirma a estratégia de alargamento da base de clientes do Banco Finantia, quer em Portugal quer em Espanha, e o aumento do reconhecimento da sua banca privada".

 

Os capitais próprios (que comparam o activo e passivo) do Finantia melhoraram 12% para 423,9 milhões de euros, já "depois do pagamento de 15 milhões de euros de dividendos em Junho". A Finantipar detém 57%, sendo ainda accionistas o banco francês Natixis (9,9%), o russo VTB Capital (8,9%) e o alemão Portigon (8,2%).

 

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