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Maria Luís Albuquerque critica "sucessão de trapalhadas" na Caixa

A ex-ministra elogia a "rectidão" e a disponibilidade da actual administração, de José de Matos, para manter a instituição a funcionar apesar das dificuldades e do desrespeito que lhe tem sido manifestado.

Maria Luís Albuquerque é a 6.ª Mais Poderosa 2015
Faz com o primeiro-ministro uma dupla unida pela forma de pensar e de actuar. Teve um papel determinante em todo o processo de resolução do BES e conseguiu evitar o protagonismo que seria politicamente negativo para o Governo. Conseguiu gerir o colapso de um
banco sem ser beliscada. Geriu o caso da lista VIP pela ausência. Maria Luís Albuquerque tem conseguido levar ao máximo o poder formal
de um ministro das Finanças. No PSD há quem veja nela qualidades para voos mais altos na política.
30 de Agosto de 2016 às 12:26
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A vice-presidente do PSD Maria Luís Albuquerque caracterizou esta terça-feira, 30 de Agosto, o processo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) como "uma sucessão de trapalhadas" e elogiou a "rectidão" da administração que ainda está em funções.

Questionada esta manhã por um 'aluno' da Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide até domingo, sobre o que faria de diferente no processo da CGD, Maria Luís Albuquerque foi peremptória: "daquilo que já se sabe, praticamente tudo".

"Aquilo que tem sido feito é um manual do que não se deve fazer ou do como não se deve fazer", disse, classificando o processo como "uma sucessão de trapalhadas que desrespeita a instituição e desrespeita o conselho de administração que ainda está em funções".

Elogiando a "rectidão" e a disponibilidade da actual administração para manter a instituição a funcionar apesar das dificuldades e do desrespeito que lhe tem sido manifestado, a antiga ministra das Finanças disse ser necessária uma palavra de elogio.

"A administração que agora está de saída merece essa palavra de elogio", sublinhou, lamentando que a nova administração vá entrar "desnecessariamente fragilizada", o que é "algo que nunca se deve pretender para uma instituição com a importância e a relevância da CGD".

Maria Luís Albuquerque voltou ainda criticar a ausência de explicações por parte do Governo sobre o acordo de princípio que está a ser negociado desde Abril e sobre o qual ainda pouco se conhece.

"Há muitas coisas que ainda não sabemos e que é fundamental que se venham a saber, nomeadamente quanto é que isto custa aos portugueses e quanto custa de várias formas", referiu.

Insistindo que deveria ser o executivo socialista a explicar com clareza o plano que está a ser negociado, e não deixar essa tarefa para a administração do banco público, a ex-ministra das Finanças apontou algumas das perguntas para as quais ainda não existe resposta.

"Quais são os custos de reestruturação? O que é que isso tem de implicação na actividade da Caixa, na implantação no território, aquilo que tem de impacto na sua componente de negócio internacional, o que é que vai acontecer também nessa frente? E, muito importante, para quê? Porque é que está a ser feito isto na CGD, o que é que a CGD vai ser capaz de fazer mais e melhor com as condições que este plano lhe dará", questionou.
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