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Marcelo desconhece notícias sobre papel do Banco de Portugal no BES
O Presidente da República evitou esta sexta-feira comentar vários assuntos de actualidade, entre elas a reportagem da SIC que fala sobre o papel do Banco de Portugal antes do fim do BES.
O Presidente da República rejeitou esta sexta-feira comentar notícias que dão conta da actuação do Banco de Portugal enquanto supervisor antes da resolução do BES, por considerar não conhecer o conteúdo das informações. Em causa estão informações que constam da Grande Reportagem da SIC - Assalto ao Castelo que põem em causa o banco central antes da resolução do BES.
"Não vou comentar. Não vi aquilo de que me falam", disse aos jornalistas Marcelo Rebelo de Sousa à margem de uma visita à Escola Técnica Profissional da Moita. Os jornalistas tinham antes questionado o Presidente sobre se o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, estaria fragilizado em resultado das informações que constam deste trabalho que a SIC, que já transmitiu dois capítulos (quarta e quinta-feira) estando agendado para esta sexta-feira o terceiro episódio.
Aos jornalistas o Presidente da República disse que o "importante é consolidação do sistema financeiro".
Marcelo Rebelo de Sousa evitou também comentar outros assuntos da actualidade tais como a mais recente divergência entre PS e PSD sobre a utilização a dar à correspondência entre António Domingues, ex-líder da Caixa Geral de Depósitos, e o ministro das Finanças, Mário Centeno. Enquanto os socialistas defendem que os deputados podem consultar os emails mas estes não podem ser usados (admitidos), os sociais-democratas acusam o PS de estar a "brincar" com o Parlamento.
"Não me vou pronunciar sobre o que se passa no Parlamento", disse, acrescentando, porém, que o Presidente da República está "permanentemente preocupado em prestigiar o Parlamento".
Também em relação às relações entre Portugal e Angola e o melhor momento para a realização de visitas de Estado, Marcelo evitou falar sobre o assunto. "Neste momento não faz sentido estar a especular sobre esta matéria", lembrando que as visitas internacionais devem ser tratadas de "forma discreta".