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Marcelo desconhece notícias sobre papel do Banco de Portugal no BES

O Presidente da República evitou esta sexta-feira comentar vários assuntos de actualidade, entre elas a reportagem da SIC que fala sobre o papel do Banco de Portugal antes do fim do BES.

Enquanto nos bastidores, Domingues, Centeno, Costa e Marcelo mantinham conversas sobre a entrega de declaração no TC, a lei aprovada em Conselho de Ministros a 8 de Junho era analisada em Belém. No dia 21, Marcelo promulga a alteração ao EGP e nove dias depois faz um comunicado a anunciar a decisão e a justificá-la. O comunicado centra-se apenas na excepção para os salários e omite a discussão tida em privado sobre a publicitação do património.
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O Presidente da República rejeitou esta sexta-feira comentar notícias que dão conta da actuação do Banco de Portugal enquanto supervisor antes da resolução do BES, por considerar não conhecer o conteúdo das informações. Em causa estão informações que constam da Grande Reportagem da SIC - Assalto ao Castelo que põem em causa o banco central antes da resolução do BES.

"Não vou comentar. Não vi aquilo de que me falam", disse aos jornalistas Marcelo Rebelo de Sousa à margem de uma visita à Escola Técnica Profissional da Moita. Os jornalistas tinham antes questionado o Presidente sobre se o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, estaria fragilizado em resultado das informações que constam deste trabalho que a SIC, que já transmitiu dois capítulos (quarta e quinta-feira) estando agendado para esta sexta-feira o terceiro episódio. 

No primeiro episódio, a SIC revela dois documentos que dão conta do papel que o Banco de Portugal teve no caso BES. No segundo episódio, a SIC revela um relatório do BPI, que chegou às mãos do governador em 2013, e que mostra que o GES estava falido desde 2011. Os dois episódios têm dado origem a comunicados do Banco de Portugal.

Aos jornalistas o Presidente da República disse que o "importante é consolidação do sistema financeiro". 

Marcelo Rebelo de Sousa evitou também comentar outros assuntos da actualidade tais como a mais recente divergência entre PS e PSD sobre a utilização a dar à correspondência entre António Domingues, ex-líder da Caixa Geral de Depósitos, e o ministro das Finanças, Mário Centeno. Enquanto os socialistas defendem que os deputados podem consultar os emails mas estes não podem ser usados (admitidos), os sociais-democratas acusam o PS de estar a "brincar" com o Parlamento. 

"Não me vou pronunciar sobre o que se passa no Parlamento", disse, acrescentando, porém, que o Presidente da República está "permanentemente preocupado em prestigiar o Parlamento". 

Também em relação às relações entre Portugal e Angola e o melhor momento para a realização de visitas de Estado, Marcelo evitou falar sobre o assunto. "Neste momento não faz sentido estar a especular sobre esta matéria", lembrando que as visitas internacionais devem ser tratadas de "forma discreta". 

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