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Mais comissões e menos imparidades levam Finantia a subida de 38% dos lucros
O Finantia alcançou um resultado líquido de 42,3 milhões, que o banco diz o melhor da "última década". A menor constituição de imparidades deu um contributo para os resultados.
O Banco Finantia registou, no ano passado, um aumento de 38% dos lucros, para 42,3 milhões, um valor que foi ajudado pelo aumento das comissões cobradas aos clientes e pelo alívio nas imparidades e provisões.
De acordo com o comunicado de resultados, o Finantia, cujo principal accionista com 62% é a Finatipar (liderada pelo ex-presidente do banco António Guerreiro, na foto), obteve lucros de 42,3 milhões de euros em 2017, um crescimento de 38% em relação aos 30,7 milhões atingidos no exercício anterior.
São "os melhores resultados da última década", frisa a instituição, que festejou 30 anos em 2017, cujo presidente da administração, com funções não executivas, é António Vila-Cova.
Na base do negócio, a margem financeira (diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos) do Finantia situou-se em 59,9 milhões, abaixo dos 60,5 milhões homólogos.
As comissões líquidas cobradas aos clientes do banco de investimento somaram 37%, fixando-se em 26,6 milhões de euros, ajudando à melhoria dos lucros.
O mesmo contributo veio das imparidades e provisões para o Finantia, de que Pedro Perestrello dos Reis deixou de ser presidente executivo no final do ano passado. O esforço nesta rubrica tinha sido de 14,7 milhões, no final de 2016, passando para 8,9 milhões, um ano depois.
O produto bancário, já após imparidades e provisões, subiu de 65,2 milhões para 77,6 milhões. Já os custos operacionais agravaram-se de 22,6 para 23,8 milhões.
Em relação à solvabilidade, o rácio de capital common equity tier 1, que mede o peso dos melhores fundos próprios da entidade bancária, situou-se em 23% em 2017, abaixo dos 23,6% de 2016.
Olhando para o balanço, o activo subiu de 1,81 para 1,99 mil milhões de euros, com o contributo da carteira de títulos e empréstimo (sobretudo obrigações).O passivo passou de 1,4 para 1,5 mil milhões, com os depósitos a passarem de 740 para 803 milhões de euros. O banco diz que esta subida ocorreu tanto em Portugal como em Espanha, local onde tem a filial Finantia Sofinloc.
A Finantipar, do ex-presidente do banco António Guerreiro (que continua no conselho estratégico), detém 62% do Finantia. O banco tem ainda como accionistas o Natixis (11%), o russo VTB Capital (10%) e o Portigon (9%).