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Maior sindicato do setor financeiro nasce na quinta-feira
O Sindicato dos Bancários do Norte fica de fora deste processo que vai unir quatro sindicatos num único de âmbito nacional.
O protocolo que vai dar origem ao sindicato nacional do setor financeiro vai ser assinado na quinta-feira, 31 de janeiro, refere uma convocatória do evento.
O processo passa pela integração do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, o Sindicato dos Bancários do Centro, o Sindicato dos Profissionais de Seguros de Portugal e o Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Seguradora. Os dois primeiros são afetos à UGT e os outros dois representam o setor dos seguros.
Esta integração foi aprovada pelos sócios dos quatro sindicatos em novembro passado e vai dar criar o maior "sindicato nacional, que passará a representar o setor financeiro" e terá âmbito nacional.
"A refundação sindical em curso visa responder aos novos desafios que o setor enfrenta, pela defesa dos interesses dos trabalhadores no ativo e dos reformados", refere a convocatória.
Bancários do Norte de fora
De fora desta união ficou o Sindicato dos Bancários do Norte, depois dos sócios deste sindicato também afeto à UGT terem chumbado esta hipótese em referendo, com 5.313 votos contra e apenas 100 votos a favor. Este sindicato e os quatro que vão avançar para a fusão integram atualmente a Febase (Federação sindical do setor financeiro), de onde nasceu a ideia de criação de um único sindicato nacional.
Já este ano foi notícia que um outro sindicato do setor financeiro, o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), que é independente, aceitou concertar ações com o Sindicato dos Bancários do Norte.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Norte, Mário Mourão, disse à Lusa a 19 de novembro que federação que agrega os sindicatos bancários ligados à UGT (a Febase) tem a atividade suspensa por iniciativa do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), depois de os associados do Sindicato do Norte terem rejeitado a junção num sindicato nacional.
Rui Riso (na foto), presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas e deputado do PS, disse em novembro que esta fusão "é a melhor solução para os trabalhadores do setor".
Mário Mourão queria uma auditoria a todas as entidades antes da fusão. "Estamos muito atentos. Se os outros sindicatos avançarem para uma estrutura nacional, abrangendo a nossa área de intervenção, também nós avançaremos para tornar o SBN num sindicato nacional", afirmou o sindicalista depois de serem conhecidos os resultados dos referendos.