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Lucros do Santander Portugal recuam para 172,2 milhões até setembro
No acumulado dos nove meses, o Santander Portugal contabilizou lucros de 172,2 milhões de euros, uma redução de 32,3% face ao período homólogo. O banco refere que este resultado foi impactado pela constituição de uma provisão de quase 165 milhões no primeiro trimestre.
Até setembro, o Santander Portugal registou lucros de 172,2 milhões de euros, uma redução de 32,3% face ao mesmo período de 2020, quando contabilizou 254,5 milhões de euros de resultado líquido. Os resultados foram divulgados esta quarta-feira pelo banco, que salienta que esta descida foi impactada pela constituição nos primeiros três meses do ano de "uma provisão no valor de 164,5 milhões de euros (líquida de impostos), para fazer frente ao processo de reestruturação do banco". Neste cenário, a instituição financeira salienta também a "otimização da rede de agências e investimentos em processos de tecnologia".
Olhando apenas para o terceiro trimestre de 2021, o Santander teve lucros de 90,8 milhões entre julho e setembro, que comparam com os 47,2 milhões do trimestre anterior. O resultado de exploração ascendeu a 603,7 milhões de euros até setembro deste ano, mais 13% em termos homólogos.
Ainda assim, o banco refere que "embora se registe uma recuperação de comissões – originadas pelo aumento da transacionalidade dos nossos clientes – assim como uma descida dos custos, a margem financeira manteve a trajetória de queda verificada nos últimos trimestres, condicionada pelo atual nível das taxas de juro de mercado".
As provisões líquidas e outros resultados representaram 255,6 milhões de euros nos nove meses.
O total de crédito a clientes do Santander em Portugal situou-se em 43,5 mil milhões de euros, o equivalente a um aumento de 2,2% relativamente a setembro de 2020, destacando-se o crescimento do crédito à habitação em 5,9%.
O banco indica que as quotas de mercado de novos empréstimos de crédito a empresas e habitação (valores acumulados até agosto) situaram-se em 22,1% e 21,3%, respetivamente.
Já no que diz respeito a linhas com garantia do Estado, "foram apoiados mais de 15 mil clientes, num montante global de 1,8 mil milhões de euros".
A 30 de setembro, findo o prazo da moratória legal de crédito, o banco totalizou 6,1 mil milhões de euros em moratória, abrangendo o crédito hipotecário e a empresas.
Os custos operacionais em Portugal caíram 1,8% em termos homólogos até setembro, passando dos 429,8 milhões há um ano para 422 milhões. As amortizações registaram a descida mais expressiva dos custos (3%), seguida pela redução dos custos com pessoal (2,8%). Até setembro, estes custos ascenderam a 234,7 milhões de euros, a fatia mais expressiva de custos.