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Lucros do Abanca triplicam para 429 milhões até setembro
Nos primeiros nove meses do ano passado o lucro tinha recuado 33%. O Abanca concedeu mais de 7.000 milhões de euros de novos empréstimos às famílias e empresas, tendo Portugal registado um aumento de 17% face ao período homólogo.
Os lucros do Abanca triplicaram (203%), em termos homólogos, até setembro para 428,6 milhões de euros, de acordo com o comunicado enviado pela instituição financeira. Nos primeiros nove meses do ano passado, os lucros tinham recuado 33%.
"O desempenho positivo da entidade foi sustentado pelo dinamismo do mercado de retalho e pela solidez do seu perfil financeiro, gerando um conjunto de resultados de elevada qualidade", justifica o banco na nota.
O banco registou ainda um capital total de 17,3% e excesso de capital em relação aos requisitos de 1.528 milhões de euros.
O rácio de empréstimos não produtivos bruto (NPL) cifrou-se em 2,3% e o rácio de ativos executados em relação ao balanço de 0,2%. O rácio Texas foi de 25,7%. Em termos de posição de liquidez, o rácio LTD (empréstimos para depósitos) do retalho foi de 83,9%.
Este ano, o banco já efetuou quatro emissões "que foram muito bem recebidas pelo mercado".
No que diz respeito à margem financeira, nos primeiros nove meses do ano, o Abanca concedeu mais de 7.000 milhões de euros de novos empréstimos às famílias e empresas.
Em Espanha, os novos empréstimos foram 3,7% superiores aos de setembro de 2022, enquanto que em Portugal os novos créditos ficaram 17,5% acima do período homólogo.
Este aumento do crédito foi acompanhado por um crescimento de 9,3% nos recursos de clientes, que ultrapassaram os 66 687 milhões de euros, incluindo a parte correspondente ao TargoBank. Já os depósitos a prazo e os produtos fora de balanço registaram um aumento de 4.736 milhões de euros este ano.
Os depósitos de clientes de retalho aumentaram 8,3%, com um elevado nível de granularidade. Estes valores traduziram-se em ganhos de quota de mercado de 18 pontos base em Espanha e de 10 pontos base em Portugal. No final de setembro, os depósitos de clientes de retalho ascendiam a 53.285 milhões de euros.
Os fundos fora de balanço cresceram 13,7 % para 13.402 milhões de euros em relação a setembro de 2022. No que diz respeito ao serviço de gestão discricionária de carteiras do banco, este gere um volume superior a 1.200 milhões de euros.
Os prémios dos seguros gerais e dos seguros de vida cresceram 19,5% em relação ao ano anterior, atingindo 442,0 milhões de euros. Este crescimento foi homogéneo e superior a 10% nos principais ramos: 12% em automóvel e negócios, 11% em vida risco e 10% em prestações protegidas.
(Notícia corrigida às 12:13 horas com informação enviada pelo Abanca, trocando 8,3% nos empréstimos concedidos em Espanha para 3,7%).