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Lucro do Santander Totta regista aumento de 29,2% no semestre

O banco constituiu menos imparidades nos primeiros seis meses do ano, o que ajudou ao aumento do lucro no primeiro semestre, auxiliado pela melhoria da margem financeira. A ausência de venda de dívida impediu uma maior subida.

Miguel Baltazar/Negócios
04 de Agosto de 2015 às 12:16
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O Santander Totta verificou um aumento de 29,2% do lucro nos primeiros seis meses do ano. A base do negócio do banco melhorou, com a subida da margem financeira, sendo que os resultados foram ajudados pela diminuição das imparidades necessárias para cobrir créditos em risco.

 

O resultado líquido obtido pela instituição liderada por António Vieira Monteiro (na foto) ficou-se pelos 103,6 milhões de euros entre Janeiro e Junho de 2015, um aumento de 29,2% em relação ao lucro registado um ano antes, de acordo com o comunicado divulgado através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

A justificar o ganho do lucro esteve, em parte, a melhor margem financeira (a diferença entre os juros cobrados pelo banco nos financiamentos que concede e os juros que estão a seu cargo nos seus próprios financiamentos), que avançou 5,8% para 284,6 milhões de euros. A queda no custo dos depósitos ajudou este indicador.

 

Do campo dos proveitos da instituição bancária, as comissões líquidas cobradas a clientes diminuíram 0,5% para 133,7 milhões de euros.

 

O resultado de operações financeiras também decresceu, na ordem dos 68,7%, para 24,9 milhões de euros – no ano anterior, o valor tinha sido maior, ainda que, depois, não tenha melhorado as contas, já que o montante foi, então, usado para constituir uma provisão.

 

Somando, entre outros, estes elementos, o produto bancário e da actividade de seguros do banco de direito português que pertence ao grupo espanhol Santander fixou-se em 450,5 milhões de euros, uma quebra de 5,1% face ao ano anterior.

 

Menos custos, menos imparidades

 

Em contraponto, os custos operacionais desceram 3,9% para 237,8 milhões de euros, com um corte registado nas amortizações, já que os gastos gerais e os com pessoal se agravaram, segundo o comunicado à CMVM.

 

Entretanto, as imparidades e provisões (dinheiro reconhecido como perdido para eventuais encargos futuros, por exemplo, em créditos que não venham a ser devolvidos) desceram 42,5% para 65,7 milhões de euros.

 

Estas evoluções levaram ao aumento de 29,2% do lucro do Totta num período em que os rácios de solidez de capital do Totta apresentaram uma tendência mista. O rácio Common Equity Tier 1, utilizado para medir a força dos activos de um banco e que serve de comparação entre instituições, ficou-se pelos 15% em Junho de 2015, mais fraco que os 15,1% de Dezembro de 2014 mas melhor do que os 14,6% de Junho de 2014.

 

Crédito cai, depósitos sobem

Em termos de crédito, houve uma quebra de 0,5% do volume para 26.674 milhões de euros, que sofreu o impacto sobretudo dos empréstimos a particulares (tanto a habitação como o consumo). Em sentido inverso, o crédito a empresas avançou 3,3%.

 

O crédito vencido há mais de 90 dias representava 4,26% do crédito total em Junho de 2014, mais do que o rácio de 4,02% de um ano antes. A cobertura por provisões deste tipo de créditos aumentou 0,3 pontos percentuais para 105,6%.

 

Já os depósitos subiram 9,1% para 20.552 milhões de euros, sendo que, juntamente com recursos de clientes que se encontram fora do balanço (por exemplo, fundos de investimento comercializados pelo banco), perfazem recursos na ordem dos 25.652 milhões, mais 6% que em Junho do ano anterior. 

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