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Licínio Pina espera devolução de 200 milhões do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola

O presidente executivo do grupo Crédito Agrícola espera "o mais cedo possível" que o Estado devolva à instituição "cerca de 200 milhões de euros" do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola (FGCA). Licínio Pina assegura que averiguação do Banco de Portugal está "resolvida".

26 de Março de 2019 às 16:53
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O presidente executivo do grupo Crédito Agrícola espera "o mais cedo possível" que o Estado devolva à instituição "cerca de 200 milhões de euros" do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola (FGCA). Licínio Pina falava esta terça-feira, na apresentação dos resultados de 2018.

"Estamos à espera que o Ministério das Finanças aprove a legislação para a fusão com o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) e que nos devolva o dinheiro", disse.

Segundo o responsável, o FGCA tem neste momento "perto de 300 milhões de euros", dos quais 100 milhões serão integrados no Fundo de Garantia de Depósitos e servirão para assegurar o reembolso aos clientes da banca com depósitos até 100 mil euros. Os restantes 200 milhões serão "devolvidos aos participantes", explicou.

Questionado sobre se essa devolução estará para breve, Licínio Pina afirmou que "já devia ter sido no ano passado, esperemos que não passe deste ano".

"Nós contribuímos para um fundo que depois não podemos utilizar em caso de insolvência de uma das Caixas participantes", referiu ainda.

Investigação do Banco de Portugal "resolvida"

Questionado pelos jornalistas, o presidente da comissão executiva do Crédito Agrícola afirmou que a investigação do Banco de Portugal à instituição, na sequência de denúncias anónimas, está "resolvida". "A prova disso é que a anterior administração recandidata-se agora", reforçou.

No entanto, admitiu que "oficialmente ainda não foi enviado ao Banco de Portugal o processo de 'fit and proper' (para o banco central avaliar a adequação dos membros dos órgãos sociais das instituições)".

Licínio Pina minimizou as denúncias, sublinhando que "cartas anónimas podem dizer o que quiserem". O responsável disse também que a auditoria realizada ao Crédito Agrícola já foi enviada ao Banco de Portugal.

Caixas sob intervenção "sem novidades"

O responsável indicou também que as cinco caixas que se encontram sob intervenção da Caixa Central continuam nessa situação. Licínio Pina distinguiu os casos das caixas de Algarve, Entere Tejo e Sado, Coimbra e Coruche, onde foram designados administradores, do caso mais recente, da caixa de Estremoz, Monforte e Arronche, onde foi designado um delegado, neste caso Susana Janeiro, mantendo-se a administração.

"Nós gostaríamos de ver esses processos resolvidos e desintervencionar essas caixas, mas, para já, não foi possível", disse.

Entretanto, Licínio Pina adiantou que o processo em curso de fusão de caixas, devido a exigências regulamentares que obrigam a uma maior escala das caixas, continua a decorrer, sendo "complexo". Ainda assim, acrescentou, em "fase avançada" está o processo de fusão de 16 caixas, que passariam a oito.

O grupo tem previsto reduzir as atuais 80 caixas para 60.

Número de agências diminuiu

O grupo Crédito Agrícola terminou o ano passado com 657 agências, menos 12 do que um ano antes. 

Apesar de o encerramento de balcões de outras instituições financeiras poder "gerar oportunidades" para o Crédito Agrícola, Licínio Pina indicou que "o despovoamento em algumas regiões ditou o encerramento de agências". 

Segundo o responsável, no ano passado terão sido abertas três agências e encerradas 15.

Para este ano, admitiu que possam ocorrer encerramentos, "em linha com o ano passado, no máximo 15".



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