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Justiça italiana procura activos do Nomura em bancos europeus

Dois dos bancos em que as autoridades pretendem levar a cabo as apreensões são o Citigroup e o Bank of America. Contudo, contas em outros bancos na Europa estão também a ser alvo de investigações.

17 de Abril de 2013 às 13:10
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As autoridades judiciais italianas que investigam o caso de uso de derivados para ocultação de perdas no Banca Monte dei Paschi di Siena (BMPS) pretendem apreender activos no valor de 1,95 mil milhões de euros do Nomura, espalhados por bancos na Europa.

 

A justiça pretende confiscar os fundos depositados em nome do banco japonês em contas do Citigroup e do Bank of America no Reino Unido, estando também a investigar contas de outros bancos localizados na Europa. Porém, os bancos onde o Nomura tem os activos não constituem parte das acusações contra o BMPS, que são centradas nos antigos directores do banco italiano e executivos do banco nipónico.

 

O BMPS prometeu 1,87 mil milhões de euros ao Nomura, como margem nos contratos de derivados organizados pelo banco japonês, segundo os dados da justiça italiana referidos pela Bloomberg. A justiça procura ainda 88 milhões de euros, valor que o Nomura terá lucrado com os contratos. Parte do acordo incluía ainda a compra de títulos de dívida do Governo italiano com dinheiro emprestado pelo Nomura.

 

O Monte dei Paschi terá acusado o grupo Nomura de conspirar com os antigos directores para forjarem derivados em 2008 e 2009 para esconder perdas no valor de 557 milhões de euros.

 

Esta terça-feira o banco japonês desmentiu as acusações, afirmando que a justiça italiana não tinha apreendido, à data, nenhum tipo de activos do grupo.

 

As acusações da justiça italiana fizeram as acções do Nomura desvalorizar 2,33% para os 754 ienes na Bolsa de Tóquio. Na Alemanha, os títulos do banco japonês seguem a perder 4,35% para os 5,72 euros por acção.

 

“Existe um sentimento de incerteza quanto ao Nomura, uma vez que não é claro o que se está a passar em Itália e a informação é limitada”, afirma Mitsushige Akino, director de fundos da Ichiyoshi Asset Management, citado pela Bloomberg. “Não sabemos se é uma questão individual ou institucional e os investidores estão com receio de comprar acções até haver alguma certeza”, afirma Akino.

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