Um juiz brasileiro ordenou no sábado a libertação do empresário Eike Batista, detido na quinta-feira pela polícia do Rio de Janeiro, no âmbito da operação Lava Jato, informou a imprensa brasileira.
Simone Schreiber, magistrada do Tribunal de Apelações TRF2, considerou que a detenção daquele que já foi considerado o homem mais rico do Brasil na sequência de um mandado emitido a pedido do Ministério Público Federal "violava a constituição (...) e o princípio da presunção de inocência".
O advogado de Batista, citado pelo site de notícias G1, disse que o seu cliente deve ser libertado ainda este domingo.
A ação que levou à detenção do empresário, denominada Segredo de Midas, teve como objetivo encontrar provas relacionadas com manipulação de mercado de capitais e lavagem de dinheiro e ocorreu após a recém-homologada delação premiada do banqueiro Eduardo Plass.
Eike Batista já tinha sido detido em janeiro de 2017, por alegada corrupção ativa e lavagem de dinheiro, tendo sido libertado quatro meses depois. O empresário foi condenado a 30 anos de prisão, mas continuava em liberdade.
A operação Lava Jato é a maior operação de combate à corrupção no Brasil, nomeadamente de esquemas que envolvem empresas públicas, como a petrolífera Petrobras.