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JP Morgan quer funcionários a folgar ao fim-de-semana
O JP Morgan quer que os fins-de-semana dos funcionários sejam passados em casa, a relaxar. A medida chama-se "Pencils Down" e tem como objectivo melhorar o equilíbrio entre o trabalho e o lazer dos funcionários.
O banco JP Morgan está a promover uma iniciativa chamada "Pencils Down", que visa encorajar os funcionários do banco de investimento a tirarem folga aos fins-de-semana, escreve o Wall Street Journal esta sexta-feira, 22 de Janeiro.
Esta medida destina-se a todos os funcionários do banco, desde analistas a directores-gerais, e aplica-se apenas se os funcionários não tiverem em mãos um negócio importante.
O vice-presidente da instituição financeira, Carlos Hernandez, anunciou a medida na quinta-feira aos funcionários. "Não estamos a mudar tudo, são aperfeiçoamentos realistas para o que esta geração quer", referiu numa entrevista ao Wall Street Journal.
O jornal norte-americano refere que este tipo de medidas é invulgar nesta indústria, onde trabalhar 100 horas por semana é considerado por alguns funcionários como uma medalha de honra.
Contudo, as instituições financeiras começam agora a preocupar-se com o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, depois da morte de um estagiário do Bank of America em 2013 devido à exaustão após um turno de 72 horas, conta o The Guardian.
O JP Morgan espera que os funcionários tenham a maioria dos fins-de-semana livres de obrigações relacionadas com o trabalho a não ser que estejam a lidar com um negócio importante, o que acontece frequentemente aos fins-de-semana, diz o WSJ.
Há cerca de dois anos, o banco já tinha promovido uma iniciativa chamada "Protected Weekend", em que os funcionários podiam indicar aos superiores se precisassem de tirar o fim-de-semana de folga por razões pessoais.
Em 2014, também o Bank of America começou a encorajar os funcionários a tirarem folga nos fins-de-semana. Já em 2013, o Goldman Sachs desencorajava que os seus funcionários trabalhassem ao fim-de-semana. David Solomon, líder da unidade de investimento do banco, dizia na altura que "queremos que os funcionários sejam desafiados, mas também que operem a um ritmo a que adquiram competências. Isto é uma maratona, não um ‘sprint’".