Isabel dos Santos poderá tornar-se a maior accionista do BIC, se forem concluídas com sucesso as negociações para a compra da participação de 25% detida por Américo Amorim neste banco, fundado em 2005 e que iniciou a actividade em Portugal em 2008.

Segundo escreve esta sexta-feira o “Diário Económico”, que cita fontes próximas ao processo, será possível alcançar um acordo no curto prazo, já que as conversações estão no bom caminho. No entanto, aquele que voltou a ser em 2013 o homem mais rico de Portugal recusou-se a fazer qualquer comentário ao jornal. Na banca portuguesa, Isabel dos Santos detém ainda uma participação de 20% no BPI.

Tal como o maior accionista da Galp Energia, Isabel dos Santos detém uma participação de 25% no BIC, tanto em Portugal como em Angola. Se fechar o negócio com o empresário português – na banca é ainda accionista do banco Popular, do Banco Único (Moçambique) e do Banco Luso Brasileiro (Brasil) –, a filha do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, ficará com metade do capital, ficando o restante nas mãos de outros investidores, com destaque para Fernando Teles (20%), que lidera o conselho de administração.

Em Portugal, o BIC conta com uma rede de mais de 200 agências e fechou o exercício de 2013 com um resultado líquido de 2,5 milhões de euros, ultrapassando os prejuízos de quase oito milhões no ano anterior, em que integrou o nacionalizado BPN. Já em Angola, o número de agências, enquanto os lucros registados em 2013 ascenderam a 201 milhões de dólares (145 milhões de euros), reflectindo uma subida homóloga de 20%.