Notícia
HSBC falha estimativas. Flint falha no primeiro ano afetado pelos mercados
No primeiro ano de John Flint à frente do banco britânico, um quarto trimestre de grande turbulência nos mercados de capitais ditou resultados abaixo do esperado.
O maior banco europeu, o HSBC, ficou aquém das expectativas dos analistas para 2018. As receitas "colapsaram" nas últimas semanas do ano, afetadas pela incerteza no comércio global, o abrandamento económico chinês e a turbulência no acordo do Brexit.
O banco reportou um lucro antes de impostos de 19,9 mil milhões de dólares (17,6 mil milhões de euros) em 2018, superando desta forma o ano anterior em 16% mas abaixo da fasquia dos 21,3 mil milhões, definida pelos analistas consultados pela Refinitiv.
As ações do banco em Hong Kong já caíram 2,7% após a apresentação de resultados, estabilizando as perdas em torno dos 2%. Estes títulos estavam a valorizar 5% no acumular do ano.
O HSBC junta-se, desta forma, a outros bancos rivais, como o UBS, que se declaram afetados pela volatilidade do mercado. "O comércio global mantêm-se sujeito a pressões políticas, e as diferenças entre a China e os Estados Unidos irão, provavelmente, continuar a marcar o sentimento em 2019", declarou Mark Tucker, o presidente do banco, esta terça-feira, 19 de fevereiro.
Estes são os primeiros resultados entregues sob a alçada do CEO John Flint. O líder promete moderação nos custos, concretizando o objetivo de que os ganhos nas receitas ultrapassem os aumentos de custos – uma meta que ficou por cumprir no seu primeiro ano mas que reitera para o próximo período. "Iremos moderar o ritmo de investimento", declarou Flint, afastando, ao mesmo tempo, a hipótese de reduzir na despesa através de despedimentos.