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Greve suspensa no call center da Fidelidade em Évora

O sindicato trocou a paralisação a 2 de Janeiro por plenário de trabalhadores, que querem aumentos salariais e o contrato colectivo do sector. O atendimento no Alentejo é subcontratado a empresa de trabalho temporário.

'O investimento é muito significativo, sendo um processo que envolve um trabalho muito extenso das áreas de negócio, das áreas de sistemas e das áreas legais e de compliance no levantamento da informação existente e no diagnóstico das práticas actuais de tratamento de dados, bem como na eventual alteração das mesmas. Nas empresas do Grupo Fidelidade este é um tema no qual trabalhamos desde há muitos meses e os trabalhos prosseguem de forma positiva.
Para além da implementação de algumas alterações organizacionais, temos também em curso o recrutamento do novo DPO (Data Protection Officer). É um “novo” perfil que requer um conjunto de competências relevantes na área jurídica/compliance, mas também uma necessidade elevada de compreensão e de profunda articulação com as áreas de negócio, e que por isso se reveste de alguma exigência. O recrutamento está em curso. 
Em última análise, este processo acaba por ser também uma oportunidade para as empresas, na medida em que leva necessariamente a uma visão mais estratégica sobre a problemática dos dados e a um reforço das práticas de segurança. Adicionalmente, poderá ser também positivo no relacionamento com os clientes, na medida em que lhes assegura que a nossa organização tem as melhores práticas na recolha, tratamento e protecção da sua informação, salvaguardando sempre os seus direitos e a sua privacidade'.
31 de Dezembro de 2018 às 11:53
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Os operadores do call center da Fidelidade, localizado em Évora, decidiram suspender a greve que tinha sido decretada para a próxima quarta-feira, 2 de Janeiro, para reclamarem o reconhecimento como trabalhadores da actividade seguradora e os mesmos direitos dos restantes funcionários da companhia de seguros detida em 85% pelos chineses da Fosun.

 

Na lista de reivindicações estão aumentos salariais de 45 euros por mês, um subsídio de alimentação diário de dez euros, o cumprimento de 35 horas de trabalho semanal, a aplicação do contrato colectivo do ramo segurador e a integração com um vínculo de trabalho efectivo nos quadros da seguradora liderada por Jorge Magalhães Correia, que acaba de comprar os terrenos da Feira Popular por mais de 200 milhões de euros.

"Face à possibilidade de estarem finalmente criadas as condições que permitam a discussão das reivindicações dos trabalhadores do centro de atendimento, através de conversações mediadas pela Fidelidade, a direcção do Sinapsa [Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins] decidiu suspender a greve (…) e convocar todos os trabalhadores para plenário a realizar nesse mesmo dia, pelas 10h30", informou o sindicato.

 

Com cerca de 650 trabalhadores na cidade alentejana, o atendimento ao cliente é subcontratado a uma empresa prestadora de serviços. Na primeira nota sobre a convocação da paralisação, o Sinapsa sustentou que "a Fidelidade e a NewSpring (empresa de trabalho temporário) não aceitaram qualquer tipo de acordo e negociação". Agora, nesta nova comunicação deixa o aviso de que "os efeitos da suspensão do pré-aviso de greve poderão ser levantados por decisão dos trabalhadores em plenário". 

 

Um serviço permanente de uma empresa como a Fidelidade (…) não deve ser prestado por uma empresa de trabalho temporário. Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP

 

Neste encontro agendado para o arranque do novo ano, no Parque Industrial e Tecnológico de Évora, deve participar o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos. Após a greve de Maio de 2017 contra as más condições de trabalho e a precariedade, num outro plenário realizado em Setembro, citado pela rádio local Diana FM, o dirigente sindical sustentou que "um serviço permanente de uma empresa como a Fidelidade deve ser prestado por trabalhadores que integrem esta empresa e não ser prestado por uma empresa de trabalho temporário".

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