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Governo tem de nomear três a seis mulheres para a Caixa

O BCE exige que a administração da CGD tenha 30% de mulheres em 2018. A obrigação “há-de ser cumprida”, garante o secretário de Estado das Finanças. No mínimo, gestão terá de ter três administradoras. No máximo, seis.

Cátia Barbosa/Negócios
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O Governo vai ter de nomear entre três a seis mulheres para a administração da Caixa Geral de Depósitos, para cumprir a exigência que o Banco Central Europeu faz na decisão que aprova a nomeação de António Domingues e de mais 10 administradores para o conselho do banco público. Também o conselho fiscal da instituição terá de incluir uma mulher. Imposições que o Executivo promete cumprir.

 

"A entidade supervisionada tem de garantir que, no futuro próximo, o conselho de administração e o conselho fiscal reflectem de forma adequada o objectivo de diversidade de género estabelecido na respectiva política de selecção e avaliação de adequação, segundo a qual o género sub-representado tem de ter um peso de 30% na composição total de cada um dos órgãos em 2018", refere a decisão do BCE, um documento confidencial, a que o Negócios teve acesso.

 

Tendo em conta que, no imediato, previsivelmente na próxima semana, vão ser nomeados 11 novos administradores para a CGD, em 2018, para cumprir a exigência do supervisor europeu, esta equipa, que para já é 100% masculina, terá de incluir três mulheres daqui a dois anos.

 

No entanto, a administração da Caixa vai ser reforçada com mais administradores não executivos – outra imposição do BCE –, pelo que o número de mulheres a nomear pode chegar a seis, caso o accionista Estado mantenha a intenção de ter uma administração com um total de 19 elementos, como previsto inicialmente.

 

Exigência "há-de ser cumprida"

 

É intenção do Governo cumprir a exigência do BCE, garantiu o secretário de Estado do Tesouro e Finanças em declarações ao Negócios esta quarta-feira. Esta exigência "há-de ser cumprida", sublinhou Ricardo Mourinho Félix.

 

cotacao O objectivo do Governo [na elaboração da lista inicial] foi escolher pessoas que conhecessem bem a banca e as empresas e que fizessem da Caixa um banco virado para as empresas Ricardo MoUrinho Félix Secretário de Estado

O governante reconhece que a questão do género não foi um dos critérios tidos em atenção na elaboração da lista original de 19 candidatos à administração da Caixa, que incluía apenas uma administradora não executiva, Leonor Beleza. O nome da presidente da Fundação Champalimaud, tal como outros sete responsáveis de outras empresas, acabou por ser retirado da lista submetida ao BCE, para evitar o chumbo que seria ditado pela acumulação de cargos nos órgãos de várias empresas.

 

"O objectivo do Governo [na elaboração da lista inicial] foi escolher pessoas que conhecessem bem a banca e as empresas e que fizessem da Caixa um banco virado para as empresas", justificou o secretário de Estado.

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