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Governo italiano quer criar fundo para ajudar a capitalizar a banca

O Executivo de Matteo Renzi quer criar um fundo estatal de três mil milhões para aumentar a liquidez na banca italiana, que detém um terço dos créditos malparados na Zona Euro.

Bloomberg
07 de Abril de 2016 às 10:40
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O Governo italiano e o banco central do país vão reunir-se esta quinta-feira, 7 de Abril, para discutir a criação de um banco estatal que terá como objectivo ajudar as instituições com falta de liquidez ao comprar o seu crédito malparado.

 

O ministro da Finanças, Pier Carlo Padoan, esteve reunido esta semana com dois dos grandes bancos italianos – Unicredit e Intesa Sanpaolo – e o estatal Cassa Depositi e Prestiti para discutir o roteiro a seguir para estas instituições em dificuldade. 

Entre as possibilidades está, diz a Bloomberg, a criação de um fundo de três mil milhões de euros para comprar acções de forma a recapitalizar estes bancos. Este fundo será financiados através de fundações, fundos de pensões e outras empresas privadas, com o estatal Cassa Depositi e Prestiti no papel de investidor e também autorizado a dar garantias aos investimentos.

 

A banca italiana tem estado sob pressão do Banco Central Europeu (BCE) para se consolidar, reduzir a percentagem de créditos malparados e ajudar a estimular a economia italiana.

Alguns sinais que chegam de Itália estão a preocupar Frankfurt. A banca transalpina detém 60 mil milhões de euros em crédito malparado, o que corresponde um terço do total europeu, um valor equivalente a um quinto da riqueza criada anualmente em Itália, segundo dados da Reuters. Os bancos italianos também obtiveram o pior registo nos testes de stress conduzidos pelo BCE.

O banco com o balanço mais problemático é o Monte Dei Paschi di Siena que detém 47 mil milhões de euros em crédito malparado, o que equivale a 40% do total dos seus empréstimos. O banco tem procurado compradores no último ano, após o pedido do BCE, mas até ao momento não houve ofertas. Um dos receios é que o Monte dei Paschi venha a precisar de um grande aumento de capital.

  

Ainda recentemente, o Banco Popolare e o BPM fundiram-se para criar o terceiro maior banco italiano, com activos de 171 mil milhões de euros e 25 mil postos de trabalho.

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