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Governo grego estipula condições para a recapitalização da banca

As necessidades de capital dos quatro bancos gregos analisados pelo BCE superam os 14 mil milhões de euros, no pior cenário. O Governo helénico já determinou as regras de ajuda à banca. As acções da banca disparam em bolsa.

Bloomberg
02 de Novembro de 2015 às 09:59
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O Banco Central Europeu (BCE) contabilizou em 4,4 mil milhões de euros as necessidades de capital dos bancos gregos alvo de testes de stress, tendo em consideração o cenário base. Este valor dispara para 14,4 mil milhões quando analisado o cenário mais adverso e que prevê que a economia contraia 6% até ao final de 2017.

 

Deste total, 4,9 mil milhões de euros são necessidades do Piraeus Bank, 4,6 mil milhões do National Bank of Greece, 2,7 mil milhões do Alpha Bank e 2,1 mil milhões do Eurobank. Os 14,4 mil milhões acabaram por representar um montante inferior ao previsto inicialmente, salienta o Guardian.

 

O Governo liderado por Alexis Tsipras já determinou como poderá o Estado ajudar os bancos a recapitalizarem-se.

 

Assim, 4,4 mil milhões de euros deverão ser injectados através dos accionistas e dos obrigacionistas. Ao mesmo tempo o Fundo de Estabilidade Financeira da Grécia estará pronto para injectar os restantes 10 mil milhões de euros, 25% da injecção será feita com direito a acções com totais direitos de voto nos bancos. O restante será feito através de capital contigente convertível em acções (os chamados CoCos), segundo um comunicado emitido no domingo à noite pelo Governo helénico e citado pela Bloomberg.

 

O milionário americano Wilbur Ross, que detém uma participação no capital do Eurobank Ergasias, considera que "os investidores não estarão confortáveis em se comprometer com novo capital para bancos que estejam na verdade nacionalizados", afirmou em comunicado citado pela Bloomberg, apelando ao bom-senso do Executivo, salientando que uma boa parte dos capitais necessários surgiram após as medidas do Governo e que deram origem à imposição de controlo de capital.

 

As acções da banca helénica está a reagir em forte alta aos números divulgados no fim-de-semana, com os investidores a reflectirem assim o facto de as necessidades de capital serem menores do que as previstas.

 

O Eurobank dispara quase 26%, o Alpha mais de 20%. Já o Piraeus e o National Bank of Greece sobem mais de 4%, sendo estes os dois bancos com maiores necessidades de capital.

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