Os recursos próprios do Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) cresceram 45,3 milhões de euros (2,7%) em 2023 para 1.725 milhões de euros. É o segundo ano de evolução positiva do indicador, que em 2022 já tinha subido 0,5%, interrompendo uma tendência de queda que já vinha de 2015.

A melhoria acontece "fruto do retorno a níveis de rendibilidade positivos na gestão dos ativos", explica a instituição no Relatório e Contas de 2023 publicado nesta quarta-feira.

O Fundo, liderado por Máximo dos Santos, destaca que "os ganhos obtidos pela aplicação dos recursos ascenderam a 37,1 milhões de euros, o que permitiu que, num só ano, ficassem mais do que compensados os resultados negativos acumulados ao longo do período de seis anos em que a rendibilidade do inevitavelmente penalizada pelo contexto de taxas de juro negativas".

A este fator acresce o valor das coimas aplicadas pelo Banco de Portugal às instituições financeiras (5,7 milhões de euros), assim como as contribuições dos bancos (2,7 milhões de euros).

O resultado líquido teve uma evolução mais expressiva, disparando de 5,1 milhões de euros em 2022 para 42,7 milhões de euros no ano passado. No ano anterior a instituição liderada por Máximo dos Santos registou um prejuízo de 2,1 milhões de euros.

"O resultado de 42,7 milhões de euros obtido em 2023 é, em montante, o mais elevado desde a constituição do FGD", realça a instituição no documento.

"O resultado positivo registado em 2023 foi sobretudo determinado pelos ganhos obtidos pela aplicação dos recursos do FGD — que ascenderam a 37,1 milhões de euros — e, com uma expressão muito mais reduzida, pelo produto de coimas aplicadas pelo Banco de Portugal a instituições de crédito, e que constitui receita do FGD, o qual, em 2023, ascendeu a 5,7 milhões de euros", lê-se no documento.