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FMI: "Espanha deu a volta"

O FMI espera que a "recuperação" de Espanha continue "no médio prazo". Ainda assim, afirma que os espanhóis "continuam a sofrer com o legado deixado pela crise política", embora reconheça a necessidade da continuação dos sacrifícios, em nome de uma recuperação de longa duração.

27 de Maio de 2014 às 12:23
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As conclusões fazem parte do relatório final da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) a Espanha que considera que a recuperação económica, que começou no final de 2013, deverá continuar nos próximos trimestres.

 

Segundo a mesma fonte, a economia espanhola "deu a volta". "A recuperação teve início no segundo semestre de 2013 e ganhou força no primeiro trimestre deste ano, com a economia a crescer ao ritmo mais rápido desde 2008".

 

Para o FMI, esta recuperação deveu-se, em grande parte, às "exportações robustas" e a uma "forte melhoria" nas condições de financiamento nos mercados financeiros. Além disso, a confiança "recuperou e está a alimentar o aumento do consumo privado e o investimento dos empresários".

 

"Espanhóis ainda sofrem com legado da crise"

 

Ainda assim, acrescenta o relatório, os espanhóis ainda "sofrem com o legado da crise económica", especialmente os quase 6 milhões de desempregados, "mais de metade deles desempregados há mais de um ano". Como resultado, "a média salarial das famílias continua em níveis abaixo da pré-crise. As famílias, empresas e o Governo ainda enfrentam uma pesada dívida".

 

Mas, alerta, o FMI, "todos esses esforços têm que continuar para assegurar que a recuperação é forte e de longa-duração. A recuperação também tem de fazer com que o desempego beneficie de mais oportunidades de trabalho".

 

Para tal, o FMI faz quatro recomendações: ajudar as empresas a expandirem-se, contratarem e a investirem; reduzir as barreiras ao nível da regulação para impulsionar o emprego e crescimento; não abandonar o objectivo de crescimento e de uma consolidação orçamental que promova o emprego e mais apoio da Europa.

 

Recorde-se que, a 25 de Julho de 2012, a Comissão Europeia aprovou o plano de recapitalização da banca espanhola. "O objectivo deste programa é muito claro: garantir que os bancos de Espanha permaneçam [economicamente] saudáveis, efectivamente regulados e rigorosamente supervisionados, capazes de alimentar o crescimento económico sustentável", declarou o comissário dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, numa declaração nesse dia no final da teleconferência que aprovou o memorando de entendimento para o resgate da banca de Madrid.

 

Foi acordado um montante até 100 mil milhões de euros para resgate à banca espanhola.

 

Entretanto, dia 31 de Dezembro do ano passado, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) divulgou que Espanha saiu oficialmente do programa de assistência financeira à banca iniciado em Dezembro de 2012 e que desembolsou um total de 41,3 mil milhões de euros ao Governo espanhol para recapitalizar o sector bancário.

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