Notícia
Fitch avisa bancos portugueses para reduzirem malparado enquanto economia é favorável
A Fitch avisou esta sexta-feira os bancos do Sul da Europa, entre eles os portugueses, para reduzirem os activos problemáticos enquanto as condições económicas forem favoráveis, para ficarem mais protegidos quando o ciclo se inverter.
13 de Abril de 2018 às 16:05
Segundo a agência de 'rating', em 2018 e 2019 deverá melhorar a qualidade dos activos dos bancos europeus ajudada pelo crescimento económico, mas avisa que há uma diferença entre os bancos do Norte e do Sul da Europa, com estes últimos a apresentarem mais elevados montantes de crédito malparado e outros activos problemáticos.
"Os 'non-performing loans' [activos problemáticos] continuam muito mais elevados no Sul da Europa do que no Norte e os bancos que não reduzirem os 'stocks' podem ficar sob pressão quando o ciclo económico se alterar", disse a Fitch numa nota sobre os bancos europeus.
A agência destacou, nomeadamente, que o rácio de empréstimos malparados continua acima de 10% (a média europeia) em sete países europeus, com Portugal a ocupar a terceira posição.
O país que tem um rácio mais elevado de crédito malparado face ao total do crédito concedido é a Grécia (44,9%), seguida de Chipre (38,9%), sendo Portugal o terceiro país com mais alto rácio, ainda que bem abaixo destes dois, nos 15,2%.
A Fitch diz ainda que a cobertura de reservas para activos problemáticos em Portugal é apenas "média", isto apesar da fragilidade do mercado imobiliários e do elevado endividamento do sector privado, não obstante os progressos feitos, ajudados pelas melhorias macroeconómicas.
A Fitch diz que os activos problemáticos do sector bancário caíram cerca de 16% no primeiro semestre de 2017, mas que ainda eram 43 mil milhões de euros, quase um quarto do produto interno bruto (PIB) de Portugal.
"Os 'non-performing loans' [activos problemáticos] continuam muito mais elevados no Sul da Europa do que no Norte e os bancos que não reduzirem os 'stocks' podem ficar sob pressão quando o ciclo económico se alterar", disse a Fitch numa nota sobre os bancos europeus.
O país que tem um rácio mais elevado de crédito malparado face ao total do crédito concedido é a Grécia (44,9%), seguida de Chipre (38,9%), sendo Portugal o terceiro país com mais alto rácio, ainda que bem abaixo destes dois, nos 15,2%.
A Fitch diz ainda que a cobertura de reservas para activos problemáticos em Portugal é apenas "média", isto apesar da fragilidade do mercado imobiliários e do elevado endividamento do sector privado, não obstante os progressos feitos, ajudados pelas melhorias macroeconómicas.
A Fitch diz que os activos problemáticos do sector bancário caíram cerca de 16% no primeiro semestre de 2017, mas que ainda eram 43 mil milhões de euros, quase um quarto do produto interno bruto (PIB) de Portugal.