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Eurobic tem lucros de 25 milhões e dá 1,9 milhões a trabalhadores

No ano em que trocou de nome, o Eurobic apresentou um resultado líquido positivo, depois das perdas em 2016. O rácio de capital melhorou, bem como o malparado. O banco vai distribuir 1,9 milhões pelos trabalhadores.

Bruno Simão/Negócios
28 de Março de 2018 às 12:54
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O Eurobic alcançou um lucro de 25 milhões de euros no ano passado, número que compara com as perdas 23 milhões que o banco de raiz angolana registou um ano antes, de acordo com os números divulgados pela instituição financeira em comunicado às redacções. 

 

Em 2016, o banco liderado por Fernando Teixeira dos Santos (na foto) tinha sido penalizado pela reestruturação da dívida que pertencia à antiga Portugal Telecom, efeito que não se repetiu este ano e permitiu a apresentação de lucros. O grupo diz que o resultado de 2017 "incorpora os cerca de 1,9 milhões de euros que são distribuídos pelos colaboradores a título de participação nos lucros". Em 2016, o banco contava com 1.458 trabalhadores, não existindo números de 2017.

 

A margem financeira (diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos) do Eurobic, insígnia do banco desde Junho do ano passado (para resolver um diferendo com o BIG), manteve-se estável em torno dos 129 milhões de euros.

 

O banco apresenta um crescimento de 5,8% do produto bancário corrente, não apresentando um número absoluto nem o produto bancário com todos os efeitos - correntes ou não correntes. "Este resultado deve-se, em grande parte, ao esforço desenvolvido pela rede comercial na expansão da actividade, à revisão das taxas activas e passivas praticadas e à revisão do preçário de produtos e serviços", concretiza a entidade no comunicado enviado às redacções.

 

O banco não apresenta os custos de estrutura, referindo apenas uma quebra do rácio de "cost to income" (que compara os encargos com o produto) baixou de 67,4%, em 2016, para 64,9%, em 2017.

 

Em relação à operação, o activo (onde se inclui sobretudo crédito) do banco, que comprou o nacionalizado BPN, subiu 9,5% para 7,1 mil milhões de euros, adiantando ter crescido no crédito à habitação.

"Neste período, o crédito non-performing [malparado] baixou de 9,6% para 9,3% do crédito total, tendo o seu rácio de cobertura aumentado de 63,8% para 69,7%", indica a nota, que não avança valores relativos a depósitos.

 

Já o principal rácio de capital, o common equity tier 1, que mede o peso dos melhores fundos do banco, passou de 11,9%, em 2016, para 12,2%, um ano depois, que sobe para 12,9% com a incorporação dos lucros.

 

Segundo o relatório e contas de 2016, a empresária angolana Isabel dos Santos detém 42,5% da instituição financeira, com Fernando Teles com uma posição de 37,5%. Luís Cortez dos Santos, Manuel Fernandes e Sebastião Lavrador têm, cada um, participações de 5%.

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