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Estado poupa 200 milhões com redução de prejuízos na CGD

Os prejuízos da Caixa referentes a 2016 ficaram em 1.900 milhões de euros, abaixo dos valores inicialmente previstos. Esta melhoria abre a porta a uma redução das necessidades de injecção de capital para 2.500 milhões.

Paulo Duarte/Negócios
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai apresentar esta sexta-feira prejuízos de 1.900 milhões de euros, abaixo dos valores previstos inicialmente no acordo de princípio negociado com Bruxelas. Este desempenho mais positivo permite baixar o esforço de injecção de capital por parte do Estado em 200 milhões de euros, para 2.500 milhões, apurou o Negócios. 

Tal como o Negócios avançou quinta-feira, os resultados do ano passado ficaram significativamente abaixo dos 3.000 milhões de euros previstos pela anterior administração da CGD. O Negócios confirmou que os prejuízos ascendem a 1.900 milhões de euros, uma notícia avançada primeiro pela SIC Notícias e pelo Eco.

Ainda assim estes serão os piores resultados de sempre do banco público. Até agora, 2013 tinha sido o ano de maiores prejuízos, que ascendiam a 579 milhões de euros.

Segundo apurou o Negócios, para a redução dos prejuízos face ao previsto contribuiu o facto de os resultados sem imparidades ter sido superior ao projectado. Nas contas iniciais, que estiveram na base do acordo de princípio fechado em Agosto com a Comissão Europeia, esta previsto que o resultado sem imparidades rondaria os 400 a 500 milhões de euros positivos.

Porém, fechadas as contas de 2016, este resultado terá ficado num valor que é praticamente o dobro do estimado. Para esta evolução mais favorável terão contribuído mais receitas de comissões e redução de custos operacionais.

Além disso, o impacto da alteração contabilística do regime de provisões para o regime de imparidades permitiu ganhos nos resultados finais. Esta alteração resulta das novas regras sobre a capacidade dos bancos usarem os prejuízos fiscais, aumentando os créditos fiscais a considerar.

Um desempenho melhor nos prejuízos reduz as necessidades de capital no que toca à injecção a fazer pelo Estado, tal como o Negócios avançou quinta-feira. Em Agosto, o Governo acordou com a Comissão Europeia que a ajuda pública poderia ir, no máximo, até 2.700 milhões de euros. Agora este valor pode baixar para 2.500 milhões de euros, aliviando o impacto da recapitalização da CGD nas contas públicas. Este é o valor que está a ser considerado pelas autoridades, tendo em conta os novos valores para os resultados, sabe o Negócios.  

O valor final da recapitalização só fica fechado depois do ok de Bruxelas.
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