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Estado italiano vende 20% do Monte dei Paschi por no mínimo 728 milhões

Depois de uma tentativa falhada de vender o banco mais antigo do mundo em 2021, o Estado italiano prepara-se para alienar 20% da sua participação total de 64%. O processo de venda terá de estar concluído até 2024.

Bloomberg
20 de Novembro de 2023 às 20:40
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O Estado italiano está a vender cerca de 20% do banco Monte dei Paschi di Siena por pelo menos 728 milhões de euros, como parte do plano para alienar a instituição que tinha sido alvo de um resgate que levou à sua nacionalização.

Depois de resgatar o banco por 5,4 mil milhões de euros há seis anos, o Estado italiano injetou mais 1,6 mil milhões de euros no final do ano passado, o equivalente a 64% do montante arrecadado com o aumento de capital promovido pela instituição financeira, que tinha em vista angariar 2,5 mil milhões de euros.

Roma terá colocado cerca de 252 milhões de ações através de um "booking" acelerado, informou o Ministério das Finanças do país. O UBS Europa, o Bank of America Securities e a Jefferies agiram como coordenadores globais e "bookrunners".

As ações do banco, fundado em 1472, que é o mais antigo do mundo ainda em atividade, encerraram a sessão desta segunda-feira a valorizar 0,72% nos 3,07 euros, avaliando a instituição em quase 3,8 mil milhões de euros. Segundo a Bloomberg, o preço por ação deverá rondar os 2,89 euros, sendo que a oferta foi totalmente coberta pelos investidores.

O Executivo italiano iniciou o processo de venda do Monte dei Paschi no mês passado, numa tentativa de retirar o máximo valor possível da atual posição maioritária. A oferta poderá ser realizada através de uma ou mais etapas, inclusive em bolsa ou operações extraordinárias, ou mesmo uma combinação.

Esta não é a primeira tentativa do Governo para alienar a instituição. Em 2021, a venda de parte do banco ao UniCredit acabou por falhar. Mas o progresso, em termos de contas, realizado sob a liderança do atual CEO, Luigi Lovaglio, tem tornado o banco mais apelativo aos investidores.

Os compromissos assumidos com a União Europeia no momento do resgate do banco, em 2017, obrigam Roma a vender o banco a um outro acionista com presença significativa no capital.

A operação de venda estava inicialmente prevista para 2021, mas foi, entretanto, estendida até 2024.
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