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Estado italiano disponível para vender as suas ações no Monte dei Paschi em bolsa
O acordo assinado entre Bruxelas e Roma, aquando do resgate do banco, previa a venda a outro acionista com presença significativa no capital do banco. Roma pode agora ir mais longe, segundo fontes citadas pela Reuters, mas desde que tal seja benéfico para o Estado italiano.
O Estado italiano está disponível para reduzir a sua participação de 64% no capital do banco Monte dei Paschi di Siena, através da venda de ações em bolsa, de acordo com três fontes conhecedoras do assunto, citadas pela Reuters. O banco, fundado em 1472, é o banco mais antigo do mundo ainda em atividade.
A agência de informação salienta, no entanto, que tal só acontecerá se for financeiramente vantajoso para o Tesouro do país e desde que o novo investidor administre a instituição de forma alinhada com "o interesse nacional".
Paralelamente, duas fontes revelaram que o Tesouro está a organizar algumas reuniões com bancos, os quais poderão organizar uma nova colocação de ações no mercado, no entanto tal não deve prejudicar o plano de procurar parceiros estratégicos, de acordo com uma destas fontes.
Os compromissos assumidos com a União Europeia no momento do resgate do banco, em 2017, obrigam Roma a vender o banco a um outro acionista com presença significativa no capital.
Até ao momento, o Tesouro não tomou qualquer decisão. Contactado pela Reuters, o Monte dei Paschi di Siena não quis comentar.
Depois de resgatar o banco por 5,4 mil milhões de euros há seis anos, o Estado italiano injetou mais 1,6 mil milhões de euros no final do ano passado, o equivalente a 64% do montante arrecadado com o aumento de capital promovido pela instituição financeira que tinha em vista angariar 2,5 mil milhões de euros.
Em 2021, o Estado italiano falhou a venda de parte do banco Monte dei Paschi ao UniCredit.
As ações do banco encerraram a sessão desta segunda-feira a somar 5,82% para 2,16 euros..
(notícia atualizada às 18h com os valores de fecho em bolsa)