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Dois anos de prejuízos depois, Monte dei Paschi consegue voltar a lucros no trimestre

O corte de custos e a diminuição do esforço de imparidades impulsionou os resultados do Monte dei Paschi, banco italiano que foi resgatado e em que o Estado é o principal accionista.

A crise do sector financeiro italiano, protagonizada pelo Monte dei Paschi, deixou os bancos do país a negociarem a níveis atractivos. Para os especialistas, esta correcção criou oportunidades nalgumas instituições. O BPER Banca e o Banco BPM surgem com os PER estimados mais baixos, 9,76 e 10,66 vezes, respectivamente. Ainda assim, a aposta dos analistas recai sobretudo sobre os maiores bancos, com maior visibilidade. 'Os bancos italianos Intesa Sanpaolo e UniCredit oferecem uma boa oportunidade de investimento, embora para investidores com uma maior apetência pelo risco, devido ao peso (ainda elevado) do malparado nos seus balanços', explica a equipa de 'research' do Bankinter.
Bloomberg
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O Banca Monte dei Paschi di Siena voltou a apresentar lucros no primeiro trimestre do ano, um desempenho inesperado e que contraria as perdas verificadas nos últimos anos.

 

Entre Janeiro e Março, a instituição financeira italiana registou um resultado líquido positivo de 188 milhões de euros, o que compara com o prejuízo de 169 milhões um ano antes. A estimativa dos analistas, segundo a Bloomberg, era de uma perda de 40,5 milhões.

 

A evolução dos resultados do Monte dei Paschi deveu-se ao esforço de corte de custos do banco e também à menor necessidade de constituição de provisões e imparidades.

 

No caso dos custos, a redução foi de 12% em relação ao trimestre anterior, beneficiando da saída de pessoal, segundo o comunicado de resultados.  

 

Por sua vez, em vez de consumirem 552 milhões, como no quarto trimestre do ano passado, as provisões e imparidades representaram 137 milhões. A margem financeira subiu 1% e as comissões somaram em 12%. Assim, o banco conseguiu regressar aos lucros trimestrais, depois de dois anos de prejuízos. Foram de 3,5 mil milhões no ano passado, por exemplo. 

 

Estas comparações são com o trimestre anterior, mas, se a evolução for vista à lupa do período homólogo, a margem financeira desliza 8%, enquanto os custos recuaram 9%.

 

O banco, que foi resgatado no ano passado e é agora detido em 68% pelo Estado italiano, está também a lidar com a sua herança. Ficou concluída uma operação de titularização de 24,1 mil milhões de euros de crédito malparado, o que, diz a Bloomberg, estava já a ser negociado há 19 meses. O valor ficou acima do esperado, segundo o banco. A desconsolidação desta carteira – saída do balanço – deverá ocorrer em Junho. É, diz o Monte dei Paschi, a segunda maior operação do género na Europa.


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