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Escutas revelam Salgado a admitir "buraco" nas contas
Em conversa telefónica com Rita Amaral Dias, ex-administradora do BES, Ricardo Salgado admitiu que "a única" empresa do GES que "produzia alguma coisa" era a Espírito Santo Saúde.
09 de Junho de 2021 às 10:03
Ricardo Salgado, antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) e principal arguido do processo crime Universo Espírito Santo, admitiu, numa conversa telefónica no dia seguinte à queda do banco, que a instituição tinha um "buraco" nas contas, resultante do "endividamento". A informação é avançada esta quarta-feira, 9 de junho, pelo Correio da Manhã, que cita uma escuta telefónica do processo crime.
Em causa está uma conversa telefónica entre Rita Amaral Dias, administradora não executiva do BES entre 2013 e 2014, e Ricardo Salgado. Segundo o Correio da Manhã, a antiga administradora ligou ao ex-banqueiro a 4 de agosto de 2014, um dia depois de o Banco de Portugal (BdP) ter determinado a resolução do BES, e recomendou-lhe que fizesse uma lista dos "grandes buracos" financeiros do Grupo Espírito Santo (GES), bem como quais os negócios que levaram a essas perdas. "A família não tem a noção de nada", disse então.
Ricardo Salgado responde dizendo que "o buraco maior vem do endividamento", já que a área financeira não produzia liquidez suficiente. "A única que produzia alguma coisa era a Espírito Santo Saúde", terá afirmado o banqueiro.
Em causa está uma conversa telefónica entre Rita Amaral Dias, administradora não executiva do BES entre 2013 e 2014, e Ricardo Salgado. Segundo o Correio da Manhã, a antiga administradora ligou ao ex-banqueiro a 4 de agosto de 2014, um dia depois de o Banco de Portugal (BdP) ter determinado a resolução do BES, e recomendou-lhe que fizesse uma lista dos "grandes buracos" financeiros do Grupo Espírito Santo (GES), bem como quais os negócios que levaram a essas perdas. "A família não tem a noção de nada", disse então.