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Emigrantes lesados do Novo Banco vão receber 75% dos investimentos

Os emigrantes que são clientes do Novo Banco e têm aplicações bloqueadas em veículos criados pelo BES chegaram a acordo para recuperarem 75% do capital investido no horizonte médio de três anos. As propostas serão apresentadas entre 11 e 28 de Agosto, revela a associação que representa os emigrantes.

Hugo Correia/Reuters
09 de Agosto de 2017 às 11:07
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A AMELP, associação que representa os emigrantes que são clientes do Novo Banco e têm aplicações bloqueadas em veículos criados pelo BES, chegou a acordo com a instituição liderada por António Ramalho para a recuperação de 75% do capital investido, anunciou aquela estrutura na sua página de Facebook.

 

"É com grande satisfação que vos informamos ter chegado a um entendimento com o Novo Banco e o Governo para a recuperação do nosso dinheiro", sublinha o post publicado esta terça-feira, 8 de Agosto.

 

Segundo a informação disponibilizada pela AMELP, estão abrangidas por este entendimento as aplicações nos veículos Euro Aforro 8, Poupança Plus 1, Poupança Plus 5, Poupança Plus 6, Top Renda 4, Top Renda 5, Top Renda 6 e Top Renda 7. Para estes produtos, "foi acertada a recuperação de 75% do capital, em dinheiro, num prazo médio de três anos (a solução tem pequenas variações que serão apresentadas nos próximos dias)". Em contrapartida, os emigrantes terão de desistir das acções judiciais contra o Novo Banco.

 

Os clientes com aplicações naqueles produtos vão ser chamados a deslocarem-se aos balcões do Novo Banco entre 11 e 28 de Agosto para "aceitação das propostas, num processo totalmente acompanhado pela AMELP". A associação avisa que considera este "chamamento honesto, verdadeiro e necessário". E alerta que "quem não aceitar a solução" durante estes dias "corre o risco de ficar de fora".

 

Os representantes dos emigrantes lesados receberam ainda a "garantia" do Novo Banco e do Governo que "também haverá solução" para as aplicações nos veículos Euro Aforro 10 e EG Premium. No caso do primeiro produto, a AMELP recomenda aos seus associados que aceitem o convite do Novo Banco para se deslocarem aos balcões, uma vez que, "em princípio, poderão receber, já em Outubro, um primeiro depósito parcial (cerca de 15%), correspondente a valores que o Novo Banco encontrou disponíveis no veículo".

 

O acordo foi alcançado numa reunião que teve lugar esta terça-feira, 8 de Agosto, com a presença de quatro representantes da AMELP (Luís Marques, Helena Batista, João Moreira e Nuno da Silva Vieira), o presidente do Novo Banco, António Ramalho, e um representante do Governo, Mariana Melo Egídio.

A AMELP recomenda ainda aos seus associados que reclamem os seus créditos junto da comissão liquidatária do BES, porque, "se vierem a ser considerados credores comuns do BES podem ter direito a 31,7% do capital, a ser pago pelo Fundo de Resolução". E alerta que o prazo para a reclamação de créditos "está em vias de expirar".

 

Por outro lado, a associação avisa que os créditos reclamados pelos emigrantes junto do BES deverão ser classificados como "crédito não reconhecido" quando for publicada a lista de credores do antigo banco da família Espírito Santo. E recomenda que os clientes "impugnem esse não reconhecimento, no prazo de 10 dias a contar da publicação das listas, para manterem os ‘direitos vivos’". 

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