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EBA aponta malparado e fraca rentabilidade como maiores desafios da banca

O elevado malparado e a fraca rentabilidade são os maiores desafios da banca europeia, problemas que se fazem sentir de forma particular em Portugal. Banca nacional também é apontada por ter custos operacionais altos.

02 de Dezembro de 2016 às 21:00
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Os "elevados níveis de crédito malparado e a sistemática baixa rentabilidade" são os "principais desafios" que se colocam aos bancos europeus. E Portugal é um dos países em que estes problemas são mais evidentes, de acordo com um estudo da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla inglesa), publicado esta sexta-feira, 2 de Dezembro.

 

"Há diferentes razões para a fraca rentabilidade. Por exemplo, em países como a Grécia, Itália, Chipre, Espanha e Portugal, os bancos são menos rentáveis sobretudo devido às elevadas imparidades, isto apesar da sua capacidade de gerarem níveis aceitáveis de resultados operacionais", refere o relatório sobre a Avaliação de Risco do Sistema Bancário Europeu, realizado pela entidade liderada por Andrea Enria.

 

Portugal é também referido como um dos países em que a banca apresenta custos operacionais elevados, o que também penaliza a sua capacidade de gerar lucros. "Outra razão [para a fraca rentabilidade] são os gastos operativos. Na Bélgica, Alemanha, França, Itália, Áustria e Portugal (…)as despesas operacionais afectam de forma significativa a capacidade de os bancos gerarem lucros em termos eficientes", sublinha o documento.

 

No que diz respeito ao malparado, Portugal surge em terceiro lugar dos países com maior nível de NPL (do inglês "non performing loans) ponderado, a seguir a Chipre e à Grécia. No final de Junho, os dois países do Mediterrâneo apresentavam rácios ponderados de NPL de 47% e 46%, respectivamente, seguidos por Portugal com uma percentagem de 20%.

 

"É necessária actuação em relação aos NPL, incluindo medidas de supervisão, reformas estruturais e desenvolvimento dos mercados secundários", defende a EBA.
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