Notícia
Bancos de investimento têm o pior arranque de ano desde 2006
A receita dos bancos de investimento caiu 11% no primeiro semestre de 2019. Foram os piores primeiros seis meses de um ano desde 2006.
05 de Setembro de 2019 às 10:51
Os maiores bancos de investimento do mundo tiveram o seu pior início de ano desde 2006, de acordo com os dados de uma analista da indústria, Coalition, divulgados esta quinta-feira, 5 de setembro, e citados pela Reuters.
No primeiro semestre de 2019, os bancos de investimento tiveram receitas de 76,8 mil milhões de dólares (69,6 mil milhões de euros) no seu conjunto, menos 11% do que no mesmo período do ano anterior. Este foi o pior primeiro semestre do setor em 13 anos, ou seja, desde 2006.
Segundo a Reuters, que cita o relatório, as receitas desceram em todas as áreas de negócio. Contudo, houve uma queda mais significativa na área de compra e venda de ações (negociação de ativos) onde as receitas caíram 17% para 22,1 mil milhões de dólares (20,02 mil milhões de euros).
As receitas das obrigações, de cambial e de 'commodities' baixaram 9% enquanto que na área de aconselhamento caíram 8%. A rentabilidade dos bancos também caiu com as margens de operações a encolherem para 31%, o valor mais baixo dos últimos quatro anos.
Recentemente, os principais bancos cortaram postos de trabalho nos seus bancos de investimento após a divulgação de maus resultados. Isso aconteceu no Deutsche Bank - que anunciou o corte de 18 mil postos em julho, maioritariamente na área de investimento -, no HSBC, no Société Générale e no Citigroup. No caso do Deutsche Bank, a área de negociação de ações deverá mesmo encerrar.
Os analistas apontam para as tensões geopolíticas, o baixo crescimento e o ambiente de taxas de juro baixas para justificar a queda das receitas do setor financeiro. Além disso, a digitalização também poderá estar a afetar o modelo de negócio dos bancos de investimento. Exemplo disso é que o número de funcionários para atendimento presencial aos clientes baixou pelo décimo ano consecutivo.
Apesar dos esforços de redução das despesas, a empresa que analisa o setor, a Coalition, considera que essa "dieta" dos custos não compensará a queda das receitas.
O relatório inclui o Bank of America Merrill Lynch, Barclays, BNP Paribas, Citi, Credit Suisse, Deutsche Bank, Goldman Sachs, HSBC, JP Morgan, Morgan Stanley, Société Générale e o UBS.
No primeiro semestre de 2019, os bancos de investimento tiveram receitas de 76,8 mil milhões de dólares (69,6 mil milhões de euros) no seu conjunto, menos 11% do que no mesmo período do ano anterior. Este foi o pior primeiro semestre do setor em 13 anos, ou seja, desde 2006.
As receitas das obrigações, de cambial e de 'commodities' baixaram 9% enquanto que na área de aconselhamento caíram 8%. A rentabilidade dos bancos também caiu com as margens de operações a encolherem para 31%, o valor mais baixo dos últimos quatro anos.
Recentemente, os principais bancos cortaram postos de trabalho nos seus bancos de investimento após a divulgação de maus resultados. Isso aconteceu no Deutsche Bank - que anunciou o corte de 18 mil postos em julho, maioritariamente na área de investimento -, no HSBC, no Société Générale e no Citigroup. No caso do Deutsche Bank, a área de negociação de ações deverá mesmo encerrar.
Os analistas apontam para as tensões geopolíticas, o baixo crescimento e o ambiente de taxas de juro baixas para justificar a queda das receitas do setor financeiro. Além disso, a digitalização também poderá estar a afetar o modelo de negócio dos bancos de investimento. Exemplo disso é que o número de funcionários para atendimento presencial aos clientes baixou pelo décimo ano consecutivo.
Apesar dos esforços de redução das despesas, a empresa que analisa o setor, a Coalition, considera que essa "dieta" dos custos não compensará a queda das receitas.
O relatório inclui o Bank of America Merrill Lynch, Barclays, BNP Paribas, Citi, Credit Suisse, Deutsche Bank, Goldman Sachs, HSBC, JP Morgan, Morgan Stanley, Société Générale e o UBS.