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Domingues "satisfeito" por CGD implementar ideias do seu plano

Na audição da segunda comissão de inquérito, António Domingues reiterou que não tinha qualquer intenção de reduzir o controlo a que estava sujeito. Sobre o tema Caixa, disse: "Não tenho rigorosamente nada para acrescentar".

Bruno Simão/Negócios
18 de Julho de 2017 às 16:20
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António Domingues admite ficar "satisfeito" por a Caixa Geral de Depósitos estar, sob a gestão de Paulo Macedo, a implementar várias das ideias que constavam do seu plano de negócios.

 

"Fico satisfeito que algumas dessas propostas tenham tido acolhimento e se mantenham", declarou o antigo presidente do banco público, que entrou em funções no final de Agosto e que aí ficou até Dezembro. 

 

Na segunda audição à comissão de inquérito, que se prende nas questões relativas à sua contratação e demissão, Domingues não especificou do que se tratava, mas o ex-vice-presidente do BPI acordou, com a Direcção-Geral da Concorrência e com o Banco Central Europeu, uma redução da estrutura, que passava por reduzir 2.200 trabalhadores a par da diminuição de quase 200 agências até 2020. Um processo que segue em curso.

 

Sem subtracção de controlo

 

A segunda comissão de inquérito à Caixa foi imposta pelo PSD e CDS devido à polémica em torno da demissão de Domingues após a recusa de entrega da declaração de rendimentos e de património no Tribunal Constitucional. Nas várias vezes que já falou sobre o tema, o ex-número 2 de Fernando Ulrich sempre disse que não estava disposto a que houvesse notícias sobre o seu património e dos colegas que convidava, dizendo que a entrega no Constitucional era uma desvantagem comparativa face aos bancos privados.

 

"Não quero que haja nenhuma dúvida de que não se trata de um dispositivo para me subtrair a mim e aos colegas a qualquer tipo de controlo", disse Domingues aos deputados esta terça-feira, 18 de Julho, acrescentando que a sua proposta era a entrega da declaração ao secretário-geral da CGD à entrada e saída de funções, sem que corresse o risco da sua consulta pela comunicação social.

 

"Não tenho rigorosamente nada para acrescentar"

 

Na sua quarta audição parlamentar sobre a CGD, António Domingues respondeu que nada teria a dizer de diferente sobre o que já declarou sobre o tema. "Confesso que tive a ver as minhas notas e não tenho rigorosamente nada para acrescentar".

 

António Domingues protagonizou a quinta audição da segunda comissão de inquérito que tem a Caixa Geral de Depósitos como objecto, que se debruça sobre a contratação e demissão do gestor. O antigo vice-presidente do BPI foi o primeiro a ser ouvido (e agora o último), seguindo-se o ministro das Finanças, Mário Centeno, o secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, e o governador Carlos Costa.

 

A segunda comissão de inquérito poderá terminar para depois das férias de Verão, ainda que alguns deputados, incluindo o relator socialista Luís Testa, tenham mostrado vontade de encerrar os trabalhos até ao final de Julho, na presente sessão legislativa.

 

Já a primeira comissão de inquérito à CGD, que visa as causas da capitalização da CGD, termina com a votação do relatório final esta terça-feira, 18 de Julho. 

 

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