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Ex-funcionários do JPMorgan condenados por manipulação no mercado do ouro

Dois ex-funcionários do banco de investimento manipularam, alegadamente, o mercado do ouro através de uma tática de falsificação informática. O JPMorgan livrou-se de ir a tribunal já que pagou uma multa de 920 milhões de dólares em 2020,

Dario Pignatelli/Bloomberg
11 de Agosto de 2022 às 13:36
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Michael Nowak, antigo responsável pelo departamento de investimento de metais preciosos do JPMorgan Chase e o seu principal "trader", Gregg Smith, foram considerados culpados pelos crimes de fraude, falsificação e manipulação de mercado.

Os crimes foram alegadamente realizados através de operações de "spoofing", um termo inglês sem tradução direta que transmite a ideia de um ataque informático de falsificação, em que o pirata se disfarça de uma fonte de confiança para obter acesso a dados a informações importantes.

 

Depois de um julgamento de três semanas o júri concordou com as provas apresentadas pelo Ministério Público, que evidenciaram como ambos os ex-colaboradores do gigante de Wall Street conseguiram influenciar a subida e a descida do metal amarelo para arrecadar lucros entre 2008 e 2016, eram coerentes. 

 

O terceiro arguido, Jeffrey Ruffo, membro do departamento, foi porém absolvido do crime de cumplicidade. Os três arguidos foram também absolvidos do crime de extorsão, já que o Departamento de Justiça considerava que o grupo operava como uma verdadeira máfia dentro do banco.

 

Durante as alegações finais, o procurador Avi Perry não poupou nas palavras: "[Estes indivíduos] tinham o poder de movimentar o mercado e de manipular o preço do ouro em todo o mundo".

Apesar de já terem sido declarados culpados, Michael Nowak e Gregg Smith só ouvirão a pena a que serão condenados no próximo ano. Caso o tribunal siga o precedente, os dois serão condenados a uma pena de prisão de um ano, pena a que foram condenados dois membros de um departamento do investimento do Deutsche Bank em 2020 por "spoofing".

 

Longe da sala de audiências ficou o próprio JPMorgan já que em 2020 o banco de investimento se dispôs a pagar uma multa de 920 milhões de dólares, a maior aplicada a um banco desde a crise financeira, de forma a evitar ter de ir a julgamento por alegações de falsificação.

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