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Deco alerta para custos com novos cartões na CGD

As cadernetas bancárias vão permitir apenas a consulta de saldos e movimentos a partir de 14 de setembro. A CGD, Montepio e Crédito Agrícola já estão a avisar os clientes desta alteração e a promover a adesão aos cartões de débito, gratuitos apenas no primeiro ano.

David Martins/Correio da Manhã
04 de Setembro de 2019 às 09:36
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As cadernetas bancárias vão passar a permitir fazer apenas consultas bancárias, como saldos e movimentos, a partir de 14 de setembro. Uma ordem de Bruxelas que preocupa a Deco - Associação de Defesa do Consumidor, pelo facto de os cartões de débito que serão disponibilizados pelos bancos apenas serem gratuitos no primeiro ano. 

"No caso da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o cliente terá de suportar um custo de 18 euros (anualmente) com o cartão, após o primeiro ano", afirmou Sónia Covita, coordenadora da área de serviços financeiro da Deco ao Jornal de Notícias/Dinheiro Vivo. Além do banco estatal, também bancos como o Crédito Agrícola e o Montepio disponibilizam cadernetas. 

A associação critica o facto de ainda não existir informação clara por parte dos bancos sobre os custos associados a estes cartões de débito, nomeadamente em termos das comissões a serem cobradas. No banco público são 290 mil os clientes que têm caderneta, através da qual é possível fazer levantamentos e consultas. 

Contactado pelo jornal, o Montepio confirmou que também "irá isentar durante um ano a comissão de disponibilização dos cartões de débito entregues" a clientes com caderneta, sem adiantar mais detalhes quanto às condições futuras. Ao Correio da Manhã, fonte oficial do Crédito Agrícola afirmou que a instituição financeira vai promover a adesão ao cartão de débito ao "número reduzido" de "utilizadores exclusivos de cadernetas". 

Para a Deco, o cartão de débito devia ser grátis de forma vitalícia. "Esta mudança é imposta aos clientes, os quais não solicitaram alterações ao serviço", afirmou ainda Sónia Covita ao Jornal de Notícias/Dinheiro Vivo. Para a especialista, devia ser ser o Banco de Portugal a recomendar a gratuitidade do cartão além do período de um ano. 

A ordem para que deixe de ser possível fazer levantamentos com a caderneta partiu de Bruxelas e entra em vigor a partir de 14 deste mês. A Nova Diretiva Europeia de Serviços de Pagamentos surge por se considerar que as cadernetas não oferecem segurança suficiente aos clientes na movimentação de dinheiro.
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